A sensação que tenho, sobretudo por aquilo que me chega, é que a RTP-Madeira anda a ser gerida de fora para dentro. Falam-me da presença não presença de um designado Grupo Sousa que entre frestas, bons telefones e subtis contactos, influencia e determina os rumos. Despacha.
A mando de quem, não sei! Ou se calhar admito saber. Lá dentro uns sobrevivem numa espécie, como lhe chamam, de "Faixa de Gaza", enquanto outros, fazendo parte da confraria, alinham e ocupam espaços de influência. São recompensados! Há trabalhadores literalmente "despachados" não interessando os anos de trabalho e sobretudo a competência profissional. Não interessam, talvez porque pensam por si. E se denunciam ou são, enquanto cidadãos, simpatizantes de um partido que não o do poder, bom, aí o caldo entorna-se! Concluo que parece pontuar a sobrevivência e a obediência ao "chefe" que por sua vez obedece a outros "padrinhos" da "máfia boazinha". Poderão ser meras conjecturas minhas a partir da montagem das pedras do puzzle no tabuleiro que tento perceber. Admito. Mas quem está por fora e, por exemplo, segue os telejornais (e não só), fica com aquela sensação que aquilo está cada vez mais a se tornar em uma extensão do Jornal da Madeira ou a um funil de interesses partidários. A rede é muito, muito fina. O que me leva a dizer, assim sendo, que não existe respeito pela dignidade profissional de quem trabalha. Há silêncios que correm lado a lado com a prepotência. Isto quando se sabe quanto importante é para a qualidade, o sentimento de pertença pela empresa. Picar o ponto, cumprir as horas e sair não conduz a empresa a parte alguma. Apenas à rotina. É o que está a acontecer por "melhores" grelhas que tentem apresentar.
Do meu ponto de vista, pertencendo a RTP-Madeira ao sector público, mesmo que dependendo da empresa sediada em Lisboa, a Assembleia Legislativa da Madeira deveria, em Comissão Especializada, ouvir as várias áreas para compreender, posicionar-se e recomendar a independência do canal de quaisquer interesses que, silenciosamente, se movam em seu redor. A suspeição tem de acabar dando lugar à transparência. A empresa tem de ser gerida de dentro para fora, tem de ser livre, independente, transparente, profunda nas análises e nunca um espaço onde prevalece a "voz do dono". Apenas uma opinião.
Ilustração: Google Imagem.
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