O ainda presidente do governo, Alberto João Jardim, quer deixar o governo regional em Janeiro de 2015, entregando o poder, de bandeja, a quem vencer a liderança do seu partido no próximo acto eleitoral interno.
Ninguém sabe o que se passa por detrás da cortina, os contactos por portas travessas, através de canais indirectos que cheguem ao Presidente da República. O que se sabe é que, mesmo não fazendo sentido, ele pretende deslocar-se a Belém para fazer tal proposta a Cavaco Silva. Por que insiste, aí está a interrogação.
Eu penso que há marosca à vista. Se ele não deseja ser presidente do governo, dependente de um outro presidente do seu partido, só tem de assumir que sai e que a Região deve ir para eleições antecipadas. Não é democrático que, durante oito ou nove meses um "novo presidente faça a cama" para depois ir a eleições regionais com clara vantagem sobre os demais opositores.
O problema que se coloca é o de saber se a oposição está preparada para um acto eleitoral desta importância, que vá ao encontro da maioria do povo da Madeira e do Porto Santo. É que se o Presidente da República não for na marosca, certamente que teremos eleições ali ao virar da esquina... daqui por cinco meses!
Ilustração: Google Imagens.
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