Transcrevo a peça do DN-Madeira (online) de ontem:
"Ao contrário dos outros eurodeputados socialistas portugueses, Liliana Rodrigues votou contra a ‘Comissão Juncker’. Esta manhã, no Parlamento Europeu, a madeirense assumiu a sua desilusão perante a equipa de comissários indicada pelo novo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Após a votação, que decorreu em Estrasburgo, a deputada indicada pelo PS-Madeira explicou as razões do seu voto contra. “Não compreendo como pode a Europa ser governada por quem mostrou desprezo pelos países do Sul. Por quem exige garantias a quem tem quase nada. Onde a Educação e a Cultura foram deixadas nas mãos de quem amordaçou a liberdade e inquinou a mobilidade estudantil. Não compreendo uma identidade europeia, unida pela sua cultura, deixada nas mãos de quem nela não acredita”, disse Liliana Rodrigues. Na declaração de voto que fez no plenário, a madeirense não mencionou nomes mas adiantou que não compreende “um futuro governo europeu que defende a igualdade e em que um dos seus membros deixou toda uma Península Ibérica envergonhada pelas suas declarações em relação às mulheres. Um governo europeu, onde esse membro, através de uma ginástica empresarial julga que pode comprar aquilo que é o valor mais fundamental da política: a Ética. A Ética não se negoceia. Ou se tem, ou não se tem”. Liliana Rodrigues refere-se mais directamente ao comissário português, Carlos Moedas, indicado para as pastas da Investigação, Ciência e Inovação, e critica a escolha: “Um governo europeu onde o seu comissário, português como eu, lançou a minha terra, uma região ultraperiférica europeia, a Madeira, para a miséria e para o desespero.”
Muito bem, Senhora Deputada.
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