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sábado, 4 de outubro de 2014

PORTO DO FUNCHAL - "ONDE HÁ FUMO HÁ FOGO"


Constatação: Jaime Filipe Ramos, deputado do PSD, sublinhou: "o próximo Governo do PSD vai rever o modelo portuário", porque tal medida é "urgente para a competitividade da economia regional". A Presidência do Governo, leia-se Alberto João Jardim, é peremptório através de um esclarecimento: o Governo Regional do PSD não tem qualquer intenção de alterar o actual sistema das operações portuárias ou do transporte marítimo de carga para o continente, negócios actualmente dominados pelo Grupo Sousa. Ora, o que é que isto significa? Resposta possível: que o governo não se entende com o grupo parlamentar, de quem depende, e que Jardim, desesperadamente, tenta manter a liderança face aos movimentos de cinco grupos que se lhe opõem. A guerra já não é de surdos, é aberta e frontal!

Vê-se!

No meio disto, discretamente, está o Grupo Sousa, que por razões diversas, pressuponho, mantém o monopólio das ligações, impondo os preços que quer e entende. Os madeirenses e os portosantenses sofrem, mas como disse o outro da alta finança, "eles aguentam, ai aguentam, aguentam"! 
Só a História, abertos todos os dossiês, permitirá perceber toda a trama deste longo processo que pode ser legal, mas tem todos os indícios de ser imoral e rigorosamente nada defensora dos interesses do povo da região. Mesmo que uma pessoa não queira, cheira a troca de favores políticos, a amizades e cumplicidades. Não se trata de uma insinuação, mas ao cidadão, depois de tanta tinta que tem corrido, a realidade transporta o cheiro bafiento de um bas-fond que estamos longe de imaginar. A sabedoria popular diz e com razão que "onde há fumo, há fogo", ora penso que este é um dos casos. Certo é que eles não se entendem. As razões diversas, a questão dos portos deveria ser averiguada em sede de Assembleia. Só que na Assembleia as comissões de inquérito nunca funcionam na lógica do apuramento da verdade. Até um dia!  
Ilustração: Google Imagens.

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