O problema é que não é apenas o novo cais que dizem estar em causa. Olhemos para o que se passa com a questão do hospital. Tantas vozes se levantaram, desde médicos, a enfermeiros, passando por arquitectos e engenheiros, inclusive, políticos, e aquilo que estão a realizar.
Uma oportuna peça do jornalista Ricardo Duarte Freitas no DN-Madeira: "Custa 18 milhões de euros, não poderá funcionar em 23% da época alta dos cruzeiros e ainda vai condicionar as operações no actual porto. Estudo da WW conclui que só o prolongamento do molhe da Pontinha poderá ‘salvar’ o novo cais".
A teimosia, a ignorância e a megalomania política, por um lado e, por outro, a total incapacidade para ouvir outros que justificam as suas posições através do conhecimento científico, conduzem a que exista uma grande probabilidade daquela obra ser um logro. Vão inaugurá-la, com pompa e circunstância, nesse momento vão atacar todos quantos se opuseram à opção em curso, parte da população considerará que ficou "bonitinho" esquecendo-se, pelo que li, que bem melhor e seguro teria sido o prolongamento do actual molhe.
Nem com o desastre da marina do Lugar de Baixo presente, esta vice-presidência e este presidente do governo ganharam alguma experiência no sentido de saberem ouvir outras opiniões livres e sustentadas no plano científico. Um dia conheceremos as razões... a todos os níveis!
O problema é que não é apenas o novo cais que dizem estar em causa. Olhemos para o que se passa com a questão do hospital. Tantas vozes se levantaram, desde médicos, a enfermeiros, passando por arquitectos e engenheiros, inclusive, políticos, e aquilo que estão a realizar. Desde as promessas de há catorze anos, as juras na marcação de datas para a inauguração de um novo hospital até às ridículas opções que foram tomadas nos últimos anos, numa clara aposta pelo remendo, existe um fosso de contradições e de apostas ignorantes. Eu diria que não existe bom e barato e estou certo que o alegadamente barato sairá muito mais caro! Mas este governo é assim, desbarata o dinheiro público, rasga compromissos políticos, é completamente surdo à opinião dos sectores profissionais directamente ligados e toca a fazer aquilo que lhe dá na real gana. Enfim... governam-se.
Ilustração: Google Imagens.
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