Duas notas:
Jaime Ramos candidato! Como dizem os brasileiros... só contaram p'ra você. Um candidato que não quer ser candidato a presidente do governo. Espantoso? Não, não tem nada de especial. Trata-se de uma necessidade em função, por um lado, da pressão dos interesses externos, onde muitos que comem à mesa do orçamento precisam de alguém que os alimente. E o exercício da política, sabe-se pela práxis de muitos anos, está cheio de estrategos que falam do povo, todavia, esse povo não passa de um mero instrumento nas suas mãos. Por outro, não menos importante, é a divisão interna claramente combinada. Quando perguntam a Alberto João Jardim sobre a candidatura de Jaime Ramos, e ele, mostrando-se "surpreendido", responde: “(...) Por acaso surpreendeu. Eu pensava que ele estava a brincar". Ora, na política o que parece é! Jardim deixou, como soe dizer-se, o rabo de fora. Jaime faz assim parte de um xadrez político que conjuga interesses internos com outros externos, ambos extremamente poderosos. O futuro esclarecerá.
A outra nota que quero aqui destacar tem a ver com a proposta de revisão constitucional e os respectivos tiros de pólvora seca de Jardim. Disse: “(...) É possível caminhos de esperança. É possível renovar o 25 de Abril, 40 anos depois.” Pergunto: De que caminhos de esperança fala quando deixa Madeira com perda quase total de Autonomia, uma dívida impagável, várias gerações com o futuro hipotecado, mais de 30% de pobres, um tecido empresarial encostado à parede, uma Educação sem norte, etc.! De que esperança fala este homem que se atreve a falar do 25 de Abril, mas não o comemora? Que umas vezes "dá foguetes" no dia 24 e em outros momentos empurra a data para o dia 26? Às vezes, não querendo ser malcriado, nem ofensivo, apetece-me dizer: e se fosse dar banho ao cão? Fala de "colonialistas", quando os temos na Madeira contra os próprios madeirenses.
Ilustração: Google Imagens.
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