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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A RECAUCHUTAGEM DO PSD-MADEIRA


Há hoje no PSD-M um constrangimento generalizado pela fraude que representa a mensagem de renovação, violentamente imposta à opinião pública madeirense. Os militantes sociais democratas que ansiavam pela mudança no seu partido, olham para o futuro com um sorriso amarelo, perante a avassaladora presença do passado, que impõe nomes, regras, vícios, impedindo o fim das clientelas e dos interesses: as facções uniram-se para dar lugar ao PSD-M que sempre conhecemos.


O Miguel de Sousa ofereceu o programa ao actual líder que, segundo ele, não tinha programa e nem sequer sabia falar; o Jaime Ramos distrai as atenções para abrir caminho ao outro Jaime, o filho, que aproveita para impôr os seus nomes numa futura ALRAM; o João e Silva sonha com a Assembleia Legislativa da RAM e marimba-se para a sua convicção das negociatas; o Manuel António negoceia duramente para manter-se em jogo; enquanto o Sérgio Marques acomoda-se ao supremo do cinismo do PSD-M: um gabinete de estudos. Não, não é uma acusação de oportunismo grosseiro. É mesmo cuidar da vidinha e o resto que se lixe: a renovação, a limpeza, as soluções distintas que abalariam as cumplicidades construídas em 36 anos, o dialogo, o debate, a tolerância, os madeirenses.
Depois do monumental plágio dos programas da oposição, prepara-se a monumental cosmética: um PSD-M trasvestido de novo, cheio de trapos velhos. Entre contrapartidas para uns e outros, o novo líder do PSD-M é o somatório dos adversários que combateu e a soma quase perfeita do PSD de Jardim. Na prática, tudo igual. No essencial nada mudou. Outra vez a uma só voz, contra a alternância. O Congresso colou o que faltava: O PSD do novo líder quer ser interlocutor de Passos Coelho, esse destruidor de esperanças que maltratou os madeirenses; aplaudiu a divida irresponsável que matou a economia; subscreveu o PAEF-RAM e eleva a herói, tornando-o no Presidente do PSD até ao fim dos seus dias, o vilão da divida oculta que poucas horas antes era o símbolo da revolta no PSD-M e da desgraça dos madeirenses, disseram todos eles!.
Afinal, nada de novo, era tudo um bluff demolidor. A campanha esfumou-se e a dura realidade é que o PSD-M de Jardim não acabou. 
No fim, contentam-se com uma inevitável mudança de estilo. Essa pitada minúscula, com pequenas alterações de comportamento, serve para esconder a dimensão extraordinária da semelhança. Uma cosmética escaldante, ajustada ao homem da máquina do PSD-M, o companheiro de sempre de Jardim, que sorri hipocritamente por continuar a mandar no seu partido.
Ilustração: Google Imagens.
NOTA
Artigo de opinião, assinado pelo Deputado do PS-M, Carlos Pereira, publicado na edição de ontem do DN-Madeira.

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