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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

PRESIDENTE DA REPÚBLICA NA MADEIRA. PARA QUÊ?


Não aprecio e não nutro, parece-me que nesta apreciação não estou só, qualquer simpatia por este Presidente da República. Evidentemente que lhe assiste o direito e até o dever de visitar todas regiões do País e de forma acrescida as duas Regiões Autónomas. Mas a verdade é que, ao longo dos últimos dez anos, quando mais precisámos da sua presença, ele pura e simplesmente não esteve. Em relação às autonomias dele retenho três momentos: a sua satisfação, nos Açores, pelas vacas satisfeitas e que lhe pareciam rir de felicidade no extenso pasto; nas Selvagens, o sorriso de orelha a orelha com as duas mãos a agarrar uma cagarra; e a interrupção das férias para uma desajeitada comunicação ao País, aquando do novo Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores. Destes dois mandatos, para os madeirenses, a sua acção foi NULA. 


E tanto que houve para fazer e sobretudo, dizer. A Assembleia, por exemplo, viveu momentos extremamente conturbados enquanto o ex-presidente do governo ofendia e menosprezava o primeiro órgão de governo próprio. E o Senhor Silva, um dos ofendidos, em todo esse tempo foi incapaz, no mínimo, de uma mensagem ao Parlamento. Assobiou para o lado. E quando por cá passou em visita oficial, fugiu a uma sessão plenária na Assembleia, recebendo os representantes dos partidos em um quarto de hotel! 
Depois, vieram os tempos de dupla austeridade para a Madeira e de tripla austeridade para o Porto Santo e o Presidente continuou em silêncio absoluto. Daí que, a história do seu comportamento político, do meu ponto de vista, valeu zero para os madeirenses e porto-santenses. E agora aparecerá por aí durante dois dias. Pergunto, para quê? Para assinar o ponto em fim de mandato? Talvez!
Por outro lado, não aprecio e não nutro consideração pelas suas posições nacionais claramente partidárias. Nunca foi o Presidente de todos os portugueses e se melhor prova existe é exactamente a sua penúltima intervenção, durante a qual indigitou o Dr. Pedro Passos Coelho para Primeiro-Ministro. Estava no seu direito fazê-lo, não precisava de levar quase dez dias para designá-lo e muito menos, a esse propósito, de produzir um discurso ofensivo para uma larga fatia dos portugueses que votaram no Bloco de Esquerda e no Partido Comunista. Foi um discurso azedo, partidário e de exclusão de uma significativa parte dos eleitores. Repito, agora aparecerá por aí durante dois dias. Pergunto, para quê? 
Ilustração: Google Imagens.

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