FACTO:
39 milhões de euros para estradas e túneis inacabados. GR retoma obras nas variantes S. Vicente-Boaventura e P. Sol-Calheta (DN-Madeira 24.04.2016).
A PERGUNTA(S):
Embora a origem dos financiamentos seja distinta, que pensará a população da Região da Madeira quando é assumido que a Saúde está em um caos? Quando o sistema está em polvorosa pela falta do essencial?
O desenvolvimento guia-se por uma série de princípios, entre outros, o da prioridade estrutural, o da transformação graduada, o da interacção,o da integração, o da flexibilidade, o da auto-sustentação, o da optimização dos meios e o da participação. Saberá o governo o que significa isto? Perceberá a diferença que a admissão destes pressupostos fazem no planeamento? Pela práxis política duvido que saiba. E se domina, não os cumpre.
A Região passou alguns anos sem a concretização de tais obras. Alguém sentiu essa necessidade? Alguém sentiu a necessidade de uma solução para a marina do Lugar de Baixo? Mas essa mesma população, disso estou certo, sente a necessidade de um sistema de saúde consistente, gerido, obviamente, com rigor, mas entendido como prioritário; tal como sente a necessidade de um sistema educativo que dê respostas claras aos desafios do futuro; tal como sente a necessidade de respostas na empregabilidade e nos direitos sociais. Prioridades, por onde andam!
Finalmente, onde está a coerência, pergunto, quando, na mesma semana, mandam parar a continuação da Cota 500 (decisão acertada), mas aceleram na concretização de obras que poderiam e deveriam esperar em função de outras prioridades. Difícil de entender.
Nota
Segundo o DN, o governo "quer aliviar o elevado fluxo de trânsito existente actualmente na marginal da Madalena do Mar". Eu que ali passo com muita regularidade, nunca assisti a qualquer congestionamento de trânsito.
Ilustração: Google Imagens.
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