Na audição ao Governador do Banco de Portugal, a propósito do caso BANIF, o Dr. Carlos Costa assumiu: "(...) O Banco de Portugal tem avaliações ao seu próprio trabalho. Mas a legalidade e sigilo da matéria" impedem que partilhe esses documentos com os deputados. Uma vez mais, as implicações europeias. Eles dizem e nós obedecemos. Pergunta-se, porque é assim? Obviamente que a resposta conjuga-se com o jogo da monumental engrenagem montada. Há coisas que o povo e os eleitos do povo (os Deputados da Nação) não podem saber.
E sendo assim, a independência nacional é uma treta. A transparência dos actos políticos é outra treta. A lógica da engrenagem política assenta nos carimbos "reservado" e "confidencial". E depois, alguns, estranham os "panamás papers" espalhados por todo o Mundo, particularmente na Europa, onde só através da coragem de um alargado grupo de jornalistas foi possível pegar o fio à meada.
Não é esta Europa que defendo. Não é esta subserviência de Portugal às regras europeias que me faz ser europeísta. Esta Europa não me interessa quando impõe o silêncio e a incapacidade dos Deputados escrutinarem as alegadas leviandades que se escondem por detrás dos vários cenários.
Ilustração: Google Imagens.
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