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quinta-feira, 21 de abril de 2016

A POLÍTICA EDUCATIVA PARECE NÃO INTERESSAR AOS MADEIRENSES


Não apenas a política educativa, é certo, mas tenho a sensação que este sector, absolutamente determinante na construção do nosso futuro colectivo, por ausência de conhecimento ou por um simples encolher de ombros, não merece grande preocupação por parte dos órgãos fiscalizadores de natureza institucional. Tampouco por parte das diversas comunidades educativas e pela população em geral. Salvo raríssimas excepções, constato uma falta de debate e de preocupação, quando em causa estão processos complexos que vão determinar, a prazo, o êxito dos agora mais jovens. 


Indiscutivelmente que há professores preocupados e mal seria que tal não acontecesse em mais de seis mil docentes que trabalham na Região. Há Conselhos Directivos de estabelecimentos de educação e ensino que fazem valer os seus pontos de vista. Da mesma forma que, aqui ou ali, se constatam opções pedagógicas de relevante interesse e contra a corrente. É verdade que sim. Todavia, são poucos, muito poucos, aqueles que, publicamente, assumem o debate como pressuposto vital para a melhoria da educação em geral e do sistema educativo em particular. E há tanto para reflectir e para propor! Os silêncios, tenhamos consciência, são sempre péssimos, pois traduzem-se em um deixa andar de consequências muito negativas. Quando os profissionais de um sector, seja qual for, se resignam às circunstâncias, não podem esperar que as suas preocupações sejam audíveis, discutidas e, eventualmente implementadas. Vale, portanto, zero, desabafar no pequeno grupo de amigos, criticar formatos, exprimir angústias ou viver no silêncio doloroso a inquietude que oprime. Devemos soltar o pensamento e não confinar-se a uma espécie de "o meu está feito", cumpri o horário, "dei as aulas" e por aqui fico! Mais, não me parece vantajoso para ninguém, esse alívio de consciência que se consubstancia no cumprimento das horas de formação obrigatória, na entrega dos certificados de presença e mais não me peçam porque as mudanças não dependem de mim! 
Há um princípio do desenvolvimento que aprendi e que me acompanha: "ou as pessoas participam ou os processos morrem". Este princípio deveria ser estimulado e deveria acompanhar as nossas vidas, sob pena de laborarmos no campo das lamúrias e não no espaço da transformação. É a democracia e o desenvolvimento que assim exigem.
Ilustração: Google Imagens.

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