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terça-feira, 18 de dezembro de 2018

VOLTA DIABO ESTÁ PERDOADO


In blog, O Jumento, 17/12/2018) 

Durante algum tempo a extrema-direita fina apostou tudo na vinda do diabo, Passos Coelho meteu na sua grande e brilhante cabecinha que o mafarrico vinha em setembro de 2016 e os seus crentes andaram um ano em regime de sabática política, convencidos de que voltariam aos gabinetes governamentais em finais desse ano, para depois pedirem mais um resgate que lhes permitiria governar mais uma legislatura sem respeitar regras.



O mafarrico não veio e durante muitos meses ficaram convencidos que de era uma questão de tempo. Para se entreterem enquanto o dito não aparecia foram-se entretendo com incêndios ou, na falta de melhor, com o Metro de Lisboa. O disparate chegou ao ponto de a Assunção Cristas propor que Lisboa tivesse mais estações de Metro do que paragens de elétricos.
Mas o mafarrico não apareceu. O Passos Coelho percebeu que o melhor seria procurar emprego porque para esperar pelo regresso ao governo o melhor seria ter onde se sentar, logo alguém achou que o seu brilhantismo intelectual não merecia menos do que uma cátedra e o pobre homem lá foi dar cabo da credibilidade académica do currículo dos alunos do ISCSP.
Sem diabo a alternativa acabou por ser ficarem com o diabo no corpo e apareceu então a destingida bastonária dos Enfermeiros, rapariga próxima do agora catedrático. Começou com greves por tudo e por nada, mas como tanta greve estava a ir ao bolso dos enfermeiros teve uma brilhante ideia: porque não uma greve paga que matasse dois coelhos, (o catedrático do ISCSP e o deputado do PAN que me perdoem), com uma cajadada? Dá-se cabo do SNS e mandam-se centenas de clientes para os privados ao mesmo tempo que os enfermeiros das cirurgias metem férias pagas generosamente por gente anónima!
Tem sido um regabofe. Os enfermeiros fazem greve, os juízes vão pelo mesmo caminho e agora é o Marta Soares, que depois de ter traído o seu amigo Bruno de Carvalho aparece a exigir o apuramento de responsabilidades políticas num acidente com que nada tem que ver. Pelo meio ainda houve um assalto a um paiol que até deu direito a um memorando sobre o mesmo, devidamente enviado por gentis militares.
Durão Barroso chegou ao poder ajudado pela queda de uma ponte. Passos Coelho foi ajudado por uma crise financeira. O PSD parece estar a ficar viciado em empurrões para chegar ao poder.

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