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terça-feira, 23 de julho de 2019

"VIA RÁPIDA PARA AS CHEIAS"... E PARA O DESASTRE!


O excelente trabalho do DN-Madeira publicado nas últimas edições, denuncia, claramente que os interesses falam mais alto. Melhor dizendo, o vil metal fala mais alto! Não é que os governantes não aprendam com o passado, apenas a ânsia, a sofreguidão pela riqueza é que comanda. Pelo que li, desde há muito que a Ribeira dos Socorridos está a saque. De forma clandestina, sublinha o DN. O que ali se passa é, portanto, "criminoso", tal o "rapanço" de inertes que colocam em risco a segurança de pessoas e bens. Esventram o mais que podem e como dizia, em um outro contexto, um ex-vereador da Câmara, Engº Costa Neves, "ninguém vai preso". Este "preso" em um sentido lato do termo. Depois, claro, quando a natureza diz basta, choram os mortos e voltam à casa de partida: a natureza é assim, o que fazer? A aluvião de 2010 matou 48 e desalojou, salvo erro, perto de 600 pessoas. Ora bem, então não sabem que a exploração de inertes tem de ser feita com planeamento e rigor? Obviamente que sabem. Eu que nada percebo disso, pelo menos tenho como adquirido que tal exploração não pode ser concretizada de forma abusiva, irresponsável e gananciosa.
Mas há que anos andam os homens e mulheres de ciência a dizer isto? Estou a lembrar-me do Engenheiro Geólogo João Baptista, do Dr. Raimundo Quintal e do Doutor Hélder Spínola. Na edição de hoje Hélder Spínola tem uma frase muito feliz: deve-se "olhar para as ribeiras como olhamos o mar ou a Laurissilva". Só que para isso têm de existir governantes que não assobiem para o lado.
Ilustração: Google Imagens.

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