Os espaços que deveriam constituir uma oportunidade para pensar e expressar uma opinião ou um mero desabafo, há muito que se tornaram preocupantes. Os comentários que algumas pessoas fazem na comunicação social e também nas designadas redes sociais (então aí...), tornaram-se para alguns uma possibilidade para vomitar leituras apressadas, ódios e sentimentos que nada têm a ver com os princípios que deveriam nortear a boa educação. Muitas vezes fico com a sensação que coexistem outros interesses, mormente os de natureza político-partidária.
Desta vez a "vítima" foi o Senhor Padre José Luís Rodrigues. A propósito das recentes nomeações eclesiásticas operadas pelo Senhor Bispo D. Nuno Brás, uma cidadã resolveu tecer considerações desprimorosas e absolutamente ridículas, fazendo notar, entre outras, que o líder da Diocese só "não consegue mudar mercê da inflexibilidade dos mesmos como é o caso do padre de São Roque José Luís Rodrigues". Teve a resposta adequada.
Ora bem, conheço o Padre José Luís de quem sou amigo. Não é militante de um qualquer partido político e apenas prega, de forma militante, a Palavra de Cristo constante do Evangelho. Se a contextualização da Palavra incomoda, se falar da pobreza e dos dramas sociais gera uma espécie de urticária em certas peles sensíveis, mormente de natureza política, mesmo assim manda o bom-senso a guarda de respeito. Depois, democraticamente, há formas de manifestar uma opinião distintiva sem ferir as pessoas e as instituições. Utilizar os espaços de participação para apenas expandir angústias, neste caso, talvez melhor fosse a procura de um psicólogo no sentido da busca das razões que conduzem à agressividade!
Achei interessante o que li no blogue "Vittude": "(...) as redes sociais constituem ferramentas artificiais de bem-estar. Um local de projecção dos nossos sentimentos, angústias, desejos, desabafos e a camuflagem de uma realidade não tão boa quanto a que aparenta ser. Portanto, não desabafe nas redes sociais! Local muitas vezes carregado de um vazio emocional, uma crise existencial colectiva que fomenta uma busca incessante de notoriedade, de atenção e de apego".
É isso. Há pessoas que perdem a serenidade por pouco. Raramente analisam, mas escrevem como se fossem portadoras de um vasto conhecimento, após um esforço de estudo sobre uma dada matéria. Atiram, magoam, desvirtuam a realidade e "fazem a folha" com efeitos multiplicadores junto dos outros.
Padre José Luís Rodrigues, essa cidadã de cortesia zero, se é cristã, mais cedo que tarde pedir-lhe-á perdão pela sua atitude. Ao meu distinto Amigo, Homem de uma coluna que não é de plasticina, Um Cristão a sério, ser humano feliz com o que faz, peço que se mantenha firme e deixe que a caravana passe. Um abraço solidário.
Ilustração: Google Imagens.
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