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sábado, 4 de junho de 2011

VOTAR COM OS OLHOS COLOCADOS EM OUTUBRO



A Madeira precisa de um governo forte, de personalidades que coloquem os interesses de todos à frente dos interesses partidários, precisa de pessoas com credibilidade política, capacidade técnica e notoriedade social. Ora, este governo do PSD-M já demonstrou que não tem credibilidade política, nem capacidade técnica e, quanto à notoriedade social, ela apenas deriva do facto de serem poder. E mais, as figuras de segundo plano, estão gastas e bloqueadas por muitos anos de rotinas no quadro desta lógica governativa. 


Torna-se absolutamente necessário votar. Interpreto o acto eleitoral de amanhã como a primeira manifestação de repúdio pelas políticas regionais. Eu sei, todos sabemos, que se trata de uma eleição de deputados para a Assembleia da República. Mas acima de tudo, do meu ponto de vista, o que está em causa é dizer ao PSD da Madeira que está na hora de abalar. E através deste voto de rejeição pelas suas políticas, penso ser dever dos madeirenses, criar o ambiente necessário para as eleições regionais de Outubro próximo, essas sim, fundamentais para a Madeira.
De caminho, obviamente, com o devido respeito pelos candidatos do PSD-M, impedi-los de se sentarem mais quatro anos nas bancadas da Assembleia da República. Deputados do PSD-M, vários que lá estão há vinte e tal anos, quase trinta, e de quem nada os madeirenses podem esperar. A renovação torna-se, por isso, determinante.  A hora é de novas apostas no sentido de ajudarmos a criar o novo. Em síntese seria desejável: primeiro, colocar o PSD abaixo dos 50%, sobretudo pelo efeito psicológico que tal possa vir a gerar  nas eleições de Outubro; segundo, afastar crónicas e gastas figuras que pouco ou nada representam; terceiro,  dar a oportunidade de reforçar a oposição tendo por objectivo o próximo e decisivo combate político.
Será pedir demais? Julgo que não. Trinta e tal anos de repetidas figuras, de uma actuação política previsível, que já nada consegue criar, que apenas utiliza todos os momentos para o exercício da propaganda, quando, em contraponto, temos, na Madeira, problemas muito graves por resolver em tantos domínios, parece-me óbvio que se torna necessário procurar todos os momentos eleitorais para sacudir este peso que está a dar cabo da Região.
A Madeira precisa de um governo forte, de personalidades que coloquem os interesses de todos à frente dos interesses partidários, precisa de pessoas com credibilidade política, capacidade técnica e notoriedade social. Ora, este governo do PSD-M já demonstrou que não tem credibilidade política, nem capacidade técnica e, quanto à notoriedade social, ela apenas deriva do facto de serem poder. E mais, as figuras de segundo plano, estão gastas e bloqueadas por muitos anos de rotinas no quadro desta lógica governativa. 
É por isso que estas eleições são importantes. Para mim, enquanto madeirense e autonomista convicto, preocupa-me muito mais a Região do que uma vitória deste ou daquele partido no quadro nacional. Não digo que não ficarei satisfeito com uma vitória do partido socialista, obviamente, mas a minha preocupação é a Madeira, coisa que o discurso do PSD tenta, diariamente, ignorar. É que nós madeirenses e porto-santenses, temos uma Assembleia, um Governo e um Orçamento próprio. E é nessa Assembleia, nesse Governo e através desse Orçamento próprio que nós temos de criar as condições para que o Povo seja feliz. Não podem os senhores do PSD continuar com esta história de empurrar para lá questões que pertencem à Autonomia resolver. Não podemos continuar a assitir a um filme gasto e repetitivo, que somos vítimas, que não temos dinheiro, que eles, sempre eles, limitam-nos, quando o problema é, fundamentalmente, de boa administação, de boa gestão, de respeito pelas prioridades e de investimentos certos geradores de futuro. A Madeira já não vai com paleio, com folclore, chantagens e ameaças. O seu povo está cada vez mais pobre e mais dependente da caridade. Por isso, amanhã, mais do que eleger deputados, embora essa seja a finalidade primeira, todos nós temos o dever de iniciar uma marcha contra os interesses instalados que bloqueiam o sucesso da Região.
Ilustração: Google Imagens. 

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