
O que entendo ser importante aqui sublinhar é o facto de, por múltiplas razões, estarmos a viver uma situação que é, tendencialmente, de madeirenses contra madeirenses. Trata-se de um facto que não pode nem deve ser analisado de forma circunstancial, mas como um sentimento que cresce entre os de menor formação democrática em consequência do tipo de discurso agressivo e truculento que há muitos anos por aí andam a fazer. Eu diria que alguns andam a semear ventos e a tempestade vai acontecer. Em vários textos que aqui tenho produzido tenho vindo a dizer que há muito boa gente que não está preparada para a vida e vivência democráticas. Há muitos exemplos que provam isso mesmo.
É um caso de polícia e de Tribunal, evidentemente que sim, mas o assunto é muito mais grave do ponto de vista político. Há que perceber os contornos mais profundos, as motivações, os estados de espírito, o que paira na cabecinha de certas pessoas que reagem daquela maneira perante um representante do Povo. A tal "Madeira Nova", a tal "Madeira Contemporânea" que apregoam pelos quatro cantos da Região deveria corresponder a uma população inteira bem formada e bem educada para os valores da DEMOCRACIA, do respeito, da tolerância e da diferença. Infelizmente, não é isso que se verifica.
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