Adsense

sexta-feira, 17 de junho de 2011

AVALIAÇÃO DAS SOCIEDADES ANÓNIMAS DESPORTIVAS


Em 2007 e em 2010 este tema foi apresentado para debate na Assembleia. Foi literalmente chumbado pelo PSD e, agora, surge o governo, pela palavra do Secretário da Educação a sublinhar a intenção de venda das actuais participações sociais, concomitantemente, com esta decisão a de abrir concurso público visando a avaliação do investimento e das perdas de todo este processo. Lamentável.


Espantoso! Então o Presidente do Governo Regional da Madeira não sabe quanto custa a participação regional nas Sociedades Anónimas Desportivas (SAD's). E vai daí abre um concurso público "limitado por prévia qualificação" e assim lá vão mais € 125.000,00 do escasso dinheiro público. Isto, repito, é espantoso. No essencial, o que o governo pretende é saber quanto é que a Região tem investido e perdido nessa história das falidas sociedades. Mas, afinal, o que andam os titulares das pastas das Finanças e da Educação a fazer? E o próprio presidente do governo? E o próprio IDRAM? Então este assunto não deveria estar, no mínimo, anualmente, monitorizado, no sentido de uma permanente avaliação? E mais. Será necessário gastar, em moeda antiga, 25 mil contos quando o problema há muito que está identificado e, portanto, melhor não seria calendarizar o fim dessa luxuosa participação no capital social dos clubes? 
Na Legislatura 2007/2011 que agora está a terminar, o PS-M apresentou, por duas vezes, uma proposta de Decreto Legislativo Regional intitulado: "Estabelece as bases da actividade física, do desporto educativo escolar, do desporto federado e aprova o regime jurídico de atribuição de comparticipações financeiras ao associativismo desportivo na Região Autónoma da Madeira". Em um dos artigos sublinhava:
"i. Os clubes desportivos participantes em competições desportivas de natureza profissional ou com praticantes que exerçam a actividade desportiva como profissão exclusiva ou principal, sujeitas ao regime jurídico contratual, não beneficiarão, nesse âmbito, de apoios ou comparticipações financeiras por parte da Administração Regional Autónoma e das autarquias locais, sob qualquer forma, salvo no tocante à construção de infra-estruturas ou equipamentos desportivos e respectiva manutenção, reconhecidas, caso a caso, pelo governo".
ii. Neste âmbito, considerando a necessidade de um período de adaptação ao novo regime, estipula-se a data de 1 de Janeiro de 2012 para a entrada em vigor das disposições que venham a ser definidas, pelo Governo, em Decreto Legislativo Regional".

Em 2007 e em 2010 este tema foi apresentado para debate na Assembleia. Foi literalmente chumbado e, agora, surge o governo, pela palavra do Secretário da Educação a sublinhar a intenção de venda das actuais participações sociais, concomitantemente, com esta decisão a de abrir concurso público visando a avaliação do investimento e das perdas de todo este processo. Lamentável.
Ilustração: Google Imagens.

4 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro amigo

Por pior que seja o cenário, já sabemos quem vai ser culpado...
E o regabofe vai continuar, cantando e rindo.

Ravioti disse...

Parabéns pela sua demissão.
Pelo menos um assume os 14% e abre lugar para que venham outros fazer melhor.
Assim se faz a alternância democrática num partido democrático.
Jacinto Serrão devia fazer o mesmo.
Perante aquele resultado deviam mudar TODOS!
Para que pudesse emergir um novo PS Madeira diferente do que foi até agora.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário Amigo Cor. Fernando Vouga. Espero que o regabofe não continue. A Madeira não suporta mais este despesismo.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário, "Ravioti".
Sabe, o problema não é irem todos embora. É certo que nunca fiz carreira da política, mas entendo que há momentos que alguém tem de agitar consciências. A Madeira precisa de uma alternativa de CONFIANÇA e com CREDIBILIDADE. O meu gesto enquadra-se aí. Sou dispensável, mas há muita gente que não o é. E o Outubro está mesmo ali ao virar da esquina.
Obrigado, uma vez mais, pelo comentário, que ajuda a reflectir num debate democrático.