E o Bispo engoliu a situação e volta a engolir, agora, de forma surpreendente, apenas permitindo a entrada na Sacristia aos membros da Igreja e do governo. Ora bem, eu que pertenço à freguesia do Monte e que todos os anos, quando à porta batem, contribuo para a festa, doravante, enquanto este governo e este Bispo assim se comportarem, nem mais um cêntimo darei. Ponto final.
No decorrer das cerimónias desta manhã, na Sacristia da Igreja do Monte, apenas tiveram acesso os membros da Igreja e as figuras do Governo Regional. À Comunicação Social, com excepção do Jornal da Madeira (leio no DN) foi bloqueado o acesso. Se quisessem tomar notas ou imagens só no meio da assembleia, assumiu um alegado membro da organização!
Tratou-se de uma ofensa aos católicos e aos representantes da Comunicação Social. Mas pior do que isso, esta atitude demonstra a promiscuidade política entre o Senhor Bispo António Carrilho e o Governo Regional. Com esta atitude ficou claro que não existe separação de poderes, mas apenas um poder que se alimenta de um único cordão umbilical. Ele, Bispo, que deveria expulsar os "vendilhões do templo", ("A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de salteadores"), acolhe-os e expulsa os outros que ali estavam para divulgar a Palavra. Significativo!
Tratou-se de uma ofensa aos católicos e aos representantes da Comunicação Social. Mas pior do que isso, esta atitude demonstra a promiscuidade política entre o Senhor Bispo António Carrilho e o Governo Regional. Com esta atitude ficou claro que não existe separação de poderes, mas apenas um poder que se alimenta de um único cordão umbilical. Ele, Bispo, que deveria expulsar os "vendilhões do templo", ("A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de salteadores"), acolhe-os e expulsa os outros que ali estavam para divulgar a Palavra. Significativo!
Mas esta atitude demonstra, também, que a maioria política regional tem medo da comunicação social que não lhe beija os pés. Faz hoje um ano, em momento semelhante, o presidente do governo, no interior daquela Sacristia, sem que nada tivesse estado na origem, olhou para a Jornalista Marta Caires do DN e disse-lhe: "Ponha-se a andar daqui para fora". E acrescentou que mandava chamar a polícia. Na altura o acontecimento foi assim descrito: "A senhora a mim não me faz perguntas e já devia saber disso. Agora vá fazer quixas aos seus amigos". A jornalista, que estava na sacristia juntamente com outros colegas, membros da Diocese, do Governo e da Câmara do Funchal e das autoridades militares reagiu. "Estou a tremer, a tremer de medo". Perante a resposta, Jardim exigiu a expulsão. "Ponha-se na rua", ordenou. Mas a jornalista não saiu.
E o Bispo engoliu a situação e volta a engolir, agora, de forma surpreendente, apenas permitindo a entrada na Sacristia aos membros da Igreja e do governo. Falo do Bispo porque foi a figura que presidiu à celebração. Ora bem, eu que pertenço à freguesia do Monte (por residência) e que todos os anos, quando à porta batem, contribuo para a festa, doravante, enquanto este governo e este Bispo assim se comportarem, nem mais um cêntimo darei. Ponto final.
Ilustração: Google Imagens.
5 comentários:
Caro André Escórcio
Desculpe lá, mas o bispo não presidiu a coisa nenhuma. O que ele fez foi apenas coordenar a cerimónia pretensamente religiosa, porque no jardinal só há um presidente: o "único importante".
Neste território, entre a Ponta de S. Lourenço e a Ponta do Pargo, caducou aquela frase: MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO. Será assim pelos menos enquanto o actual representante do personagem histórico autor da frase permitir estes equívocos.Teremos por aí, algures, um novo Henrique VIII chefe de igreja e estado? Cuidem-se possíveis e eventuais candidatas a ANA BOLENA
Obrigado pelos vossos comentários.
Que muitos leiam e percebam a profundidade das palavras.
"Que muitos leiam e percebam a profundidade das palavras."
Caro André Escórcio.
Pode ter a certeza de que no jardinal há alguém encarregado de ler estes escritos, quanto mais não seja para actualizar os ficheiros da "segurança".
No entanto duvido que a verdadeira informação chegue aos ouvidos de Jardim, já que ele não gosta de ser confrontado com a verdade e reage mal.
Caríssimo, disso não tenho a menor dúvida. Quanto mais o sistema apresenta fragilidades, mais ele se fecha e gera a "necessária" rede de informações. Perigosa, como se sabe!
O problema é que, como disse, a cegueira política, o desejo de poder e outras coisas que se escondem e que eu não sei descortinar, impede que ele tenha a noção da realidade. Se tivesse já tinha ido embora!
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