O fim do jardinismo passa, inevitavelmente, por uma "Mudança" na Câmara do Funchal. Toda a correlação de forças ficará substancialmente alterada. A vitória da "Mudança" não só obrigará a uma recomposição dos alinhamentos, mas também ajudará à clarificação do que por aí anda escondido. No Funchal, na capital, a vitória da "Mudança" constituirá o fim de um regime político que sobreviveu pela mentira dita de forma séria, de um Jornal da Madeira, pago por todos para defesa de uns quantos, do medo que, subtilmente, instauraram, e por aquela estúpida e cretina atitude de centrar em um inimigo externo, a República, todos os erros de uma governação megalómana, controleira e com tiques autocráticos. Setembro de 2013 pode ser o ano da purificação do ar político regional. Estas eleições que se aproximam podem determinar o florescimento de uma liberdade que anda condicionada, de uma democracia a meio-gás, no quadro do respeito por todos e por cada um. A "Mudança" pode significar uma espécie de grito de Ipiranga, porque todo o sistema entrará em colapso.
Aliás, Jardim já não tem margem de manobra para fazer ao Funchal e em outros concelhos o que fez, por exemplo, em Machico, há uns anos, onde estrangulou a Câmara, penhorando o seu orçamento para pagamento de dívidas criadas pelas administrações do PSD, bloqueando contratos-programa e impondo absurdos compromissos. Em Machico demonstrou, claramente, quem ele era no plano político. Há frases que ficaram a marcar uma época de vingança por não ter saído vencedor: "nem mais um tostão para Machico" e "Machico é África" (página 212, do livro, Olhares múltiplos sobre um homem de causas - 50º aniversário sacerdotal do Padre Martins Júnior). Nessa altura vingou-se na população por esta ter seguido um outro caminho. Jardim, hoje, como vulgarmente se diz, politicamente, "não pode com uma gata pelo rabo". E se um gato, também se diz, tem sete fôlegos, este tem um para respirar e a muito custo! Portanto, aquele ar tendencialmente altivo, até 2015, ano de Legislativas Regionais, vai tender para um miar fininho. Vai ter de negociar, terá de ouvir, terá de compreender que não existem imprescindíveis e insubstituíveis, que tudo tem o seu tempo e que o futuro não se compadece com rotinas e interesses menores. Jardim, no plano político, está no fim da linha, no precipício, no plano inclinado onde resvala e onde a tudo se agarra para tentar alguma segurança. Como imagem vejo-o agarrado com uma só mão a um tronco de eucalipto depois de ter secado tudo à sua volta. Desesperado, não tem o bom senso de inverter a sua imagem, pelo contrário, continua a atirar sobre tudo e todos, mesmo quando assiste, debaixo dos seus olhos, ao descontentamento gerador de uma guerra-fria entre os seus pares.
Penso ser neste quadro que se impõe uma "Mudança". Os seis partidos que se juntaram estão animados desse sentimento (Partido Socialista, Bloco de Esquerda, Partido dos Trabalhadores Portugueses, Movimento do Partido da Terra, Partido dos Animais e da Natureza e Partido da Nova Democracia) e pena tenho que a CDU e o CDS não tivessem conjugado o que une em detrimento do que, ideologicamente, separa. Bastaria que olhassem, frontal e serenamente, para o monstro que foi construído pelo PSD e tivessem consciência que sendo o povo muito mais que os projectos de cada partido, impunha-se uma comunhão de esforços no sentido de um serviço à comunidade. Mesmo assim, ditam os estudos de opinião, que a espinha dorsal da maioria já foi quebrada, bastando agora o clique final para uma vitória que ponha termo a 37 anos de poder absoluto.
Ainda Sábado último assisti à apresentação do programa da "Mudança". Foi tão bom ver tantos, de seis partidos, com ideologias divergentes, aqui e ali, juntos e animados em trabalhar pelo Povo. Foi tão bom olhar em redor e perceber que há muito mais a unir do que a separar. E foi saudável sentir o ânimo, o entusiasmo, o querer, o sentimento que a cidade merece mais e melhor. Eu acredito que desta será e que um novo tempo começará a ser construído com bom senso, respeito, rigor, diálogo e muita confiança no futuro.
Ilustração: Google Imagens.
Políticas para um novo tempo |
Aliás, Jardim já não tem margem de manobra para fazer ao Funchal e em outros concelhos o que fez, por exemplo, em Machico, há uns anos, onde estrangulou a Câmara, penhorando o seu orçamento para pagamento de dívidas criadas pelas administrações do PSD, bloqueando contratos-programa e impondo absurdos compromissos. Em Machico demonstrou, claramente, quem ele era no plano político. Há frases que ficaram a marcar uma época de vingança por não ter saído vencedor: "nem mais um tostão para Machico" e "Machico é África" (página 212, do livro, Olhares múltiplos sobre um homem de causas - 50º aniversário sacerdotal do Padre Martins Júnior). Nessa altura vingou-se na população por esta ter seguido um outro caminho. Jardim, hoje, como vulgarmente se diz, politicamente, "não pode com uma gata pelo rabo". E se um gato, também se diz, tem sete fôlegos, este tem um para respirar e a muito custo! Portanto, aquele ar tendencialmente altivo, até 2015, ano de Legislativas Regionais, vai tender para um miar fininho. Vai ter de negociar, terá de ouvir, terá de compreender que não existem imprescindíveis e insubstituíveis, que tudo tem o seu tempo e que o futuro não se compadece com rotinas e interesses menores. Jardim, no plano político, está no fim da linha, no precipício, no plano inclinado onde resvala e onde a tudo se agarra para tentar alguma segurança. Como imagem vejo-o agarrado com uma só mão a um tronco de eucalipto depois de ter secado tudo à sua volta. Desesperado, não tem o bom senso de inverter a sua imagem, pelo contrário, continua a atirar sobre tudo e todos, mesmo quando assiste, debaixo dos seus olhos, ao descontentamento gerador de uma guerra-fria entre os seus pares.
O tempo esgota-se. Dia 29, pode ser o início de uma nova e esperançosa vida |
Ainda Sábado último assisti à apresentação do programa da "Mudança". Foi tão bom ver tantos, de seis partidos, com ideologias divergentes, aqui e ali, juntos e animados em trabalhar pelo Povo. Foi tão bom olhar em redor e perceber que há muito mais a unir do que a separar. E foi saudável sentir o ânimo, o entusiasmo, o querer, o sentimento que a cidade merece mais e melhor. Eu acredito que desta será e que um novo tempo começará a ser construído com bom senso, respeito, rigor, diálogo e muita confiança no futuro.
Ilustração: Google Imagens.
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