No meio deste folclore, como se o passado pudesse ser ignorado, leio a mensagem do PSD: "Consigo vamos dar tudo pelo Funchal". Prometem o que sempre prometeram, dar tudo pela descaracterização do concelho, pelo desordenamento, pela divisão social da cidade em zona alta e zona baixa, pela "venda" do litoral aos privados, pelos atropelos ao PDM, pelo crescimento comercial sem plano e, entre outros aspectos, pela falta de protecção nas zonas de risco. Não são claros, intencionalmente são translúcidos. Não se comprometem a reduzir, progressivamente, a taxa de IMI que constitui uma pouca-vergonha para as famílias, não se comprometem com uma comparticipação nos medicamentos para os idosos e carenciados, não se comprometem em revitalizar o comércio, não se comprometem com o combate ao desperdício, não se comprometem com o pagamento atempado aos fornecedores, não se comprometem com a eficiência energética, não se comprometem com a simplificação, desburocratização e modernização autárquica, não se comprometem com a devolução de 5% do IRS aos munícipes, não se comprometem com um fundo de investimento cultural, com uma agenda cultural dinâmica e integrada, não se comprometem em integrar o Funchal na rede de cidades educadoras, não se comprometem em fixar um tempo de serviço à comunidade, enfim, não se comprometem com as pessoas e com nada. Comprometem-se com o lugar! Assisto, simplesmente, a palavras, palavras e mais palavras de circunstância. O "chefe" quer assim e os subordinados seguem o caminho. O "chefe", do alto das "angústias" determina e os praças obedecem.
Conhecer a cidade para além do bilhete postal |
A hora da "MUDANÇA" tardou, mas está a chegar. A "mudança" que brota da sociedade, a mudança assente em outros protagonistas, a mudança sustentada em políticas viradas para o colectivo e não para um quadro restrito de indivíduos que fazem da política o espectáculo e a seiva dos seus grandes ou pequenos interesses. A "mudança" não se constrói com sucedâneos, a "mudança" não é tirar uns para colocar os "mesmos", os mesmos de sempre, a "mudança" não se operacionaliza com políticos travestidos de democratas de última hora e que escondem no armazém os seus desígnios ideológicos, de classe e de partido. A "mudança" para que seja "mudança" terá de romper com velhos hábitos, com os condicionamentos impostos, com os lobos vestidos de cordeiro, com todas as políticas que deixaram a Madeira na dependência externa, numa insuportável dupla austeridade que está a custar os olhos da cara a milhares de madeirenses e de portosantenses. A "mudança" tem de ser radical, todavia com bom senso, respeito, rigor e determinação. Neste quadro, no caso do Funchal, enquanto centro das grandes decisões políticas, centro que pode determinar, a breve prazo, um novo quadro político regional, acredito que o Dr. Paulo Cafôfo e a sua equipa vença o acto eleitoral de 29 de Setembro. É importante que tal aconteça. Tenho acompanhado a sua campanha. Indiscutivelmente, a melhor dos últimos anos. Tem sido serena, frontal, propositiva, incisiva e convincente.
Ora, quando aparece o mesmo de sempre, o "vigia da quinta", a tentar transmitir a ideia que é cedo para ir para casa, quando vozes se levantam, sempre os mesmos e com a mesma cantilena, que governo e câmaras devem ser todos da mesma cor política (que grandes democratas estes!), obviamente que a "mudança" se impõe como necessidade absoluta. Para mais, no meio deste folclore, como se o passado pudesse ser ignorado, leio a mensagem do PSD: "Consigo vamos dar tudo pelo Funchal". Prometem o que sempre prometeram, dar tudo pela descaracterização do concelho, pelo desordenamento, pela divisão social da cidade em zona alta e zona baixa, pela "venda" do litoral aos privados, pelos atropelos ao PDM, pelo crescimento comercial sem plano e, entre outros aspectos, pela falta de protecção nas zonas de risco. Não são claros, intencionalmente são translúcidos. Não se comprometem a reduzir, progressivamente, a taxa de IMI que constitui uma pouca-vergonha para as famílias, não se comprometem com uma comparticipação nos medicamentos para os idosos e carenciados, não se comprometem em revitalizar o comércio, não se comprometem com o combate ao desperdício, não se comprometem com o pagamento atempado aos fornecedores, não se comprometem com a eficiência energética, não se comprometem com a simplificação, desburocratização e modernização autárquica, não se comprometem com a devolução de 5% do IRS aos munícipes, não se comprometem com um fundo de investimento cultural, com uma agenda cultural dinâmica e integrada, não se comprometem em integrar o Funchal na rede de cidades educadoras, não se comprometem em fixar um tempo de serviço à comunidade, enfim, não se comprometem com as pessoas e com nada. Comprometem-se com o lugar! Assisto, simplesmente, a palavras, palavras e mais palavras de circunstância. O "chefe" quer assim e os subordinados seguem o caminho. O "chefe", do alto das "angústias" determina e os praças obedecem.
Quando isto acontece, mesmo quando as dificuldades financeiras são enormes, mesmo quando a Câmara se debate com mais de cem milhões de dívidas, é-me ininteligível que, neste momento, não se saiba o que é que estes senhores, que pelo poder andam há quase quarenta anos, querem da cidade do Funchal. "A cidade onde quero trabalhar", a "cidade onde quero criar", "a cidade onde queremos estar", "a cidade onde quero crescer" "a cidade onde quero empreender", "a cidade onde quero estudar", enfim, lêem-se frases soltas e ocas que nada de substancial transmitem. Eu também quero tudo isso, interessa é saber como vão fazer. E isso não dizem, escondem. E não dizem porque poucos acreditarão face ao histórico de 37 anos em que nada daquilo foi concretizado. Mas respeito que assim sejam e assim se comportem. Espero é que os eleitores, depois de tantos anos de música política de sonoridade pimba, escolham a "MUDANÇA" como possibilidade de um novo tempo e de novas apostas.
Ilustração: Google Imagens.
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