Dei-me à maçada de ler o artigo de ontem de Alberto João Jardim no Jornal da Madeira, naquele jornal pago por todos os madeirenses e portosantenses para que ele possa fazer a sua propaganda sem qualquer contraditório. Diverti-me com tanta asneirada repetida até à exaustão. O homem tem, desde há muito, uma fixação nos ingleses, na maçonaria e nos senhores de Lisboa que impressiona. Diverti-me no plano político, porque a outros níveis de interpretação pareceu-me cada vez mais patológico o seu discurso. Mas, desta parte, que se trate, pois quem sou eu para analisar e transmitir conselhos. Fico, portanto, pela parte que se enche de um certo humor, não fosse trágica a situação na qual nos fez mergulhar. Escreveu: "os partidos políticos estão a ser usados em Portugal para camuflar muita coisa". Se estão, digo eu! Por alguma razão, há gentinha quase há quarenta anos no poder e que não o larga a troco de nada. Escondem, o quê? Que razões levam à eternização nos lugares, fazendo do exercício da política uma profissão? Ele, tal como escreveu, lá saberá. Eu, enquanto cidadão, apenas desconfio e espero que a História descortine todos os contornos da camuflagem. No seu texto redondo, escrito vezes sem conta em edições distintas, lá saiu outra: "(...) Eis a razão porque a República Portuguesa não é uma democracia, mas sim uma partidocracia. Foi retirado poder ao Povo soberano para o entregar aos partidos, mas estes, por sua vez e transversalmente, são dominados por interesses elitistas, financeiros e económicos de sociedades secretas (...)". Absolutamente correcto. Eu que sou oposicionista ao regime que implantou na Madeira, não escreveria melhor sobre a partidocracia imposta aos insulanos da Madeira e do Porto Santo. Quem é que retirou poder ao povo através do medo, da subsidiodependência, do insulto e da agressividade discursiva? E sobre os "interesses elitistas, financeiros e económicos" quem melhor do que ele para disto falar? E quando escreve e defende a "transparência", pergunto, se se estará a referir aos três milhões anuais ao Jornal da Madeira, para de forma anti-democrática impor a mentalidade e os condicionamentos que lhe interessam?
Dei-me à maçada de ler o artigo de ontem do Dr. Alberto João Jardim, no Jornal da Madeira, naquele jornal pago por todos os madeirenses e portosantenses para que ele possa fazer a sua propaganda sem qualquer contraditório. Diverti-me com tanta asneirada repetida até à exaustão. O homem tem, desde há muito, uma fixação nos ingleses, na maçonaria e nos senhores de Lisboa que impressiona. Diverti-me no plano político, porque a outros níveis de interpretação pareceu-me cada vez mais patológico o seu discurso. Mas, desta parte, que se trate, pois quem sou eu para analisar e transmitir conselhos. Fico, portanto, pela parte que se enche de um certo humor, não fosse trágica a situação na qual nos fez mergulhar. Escreveu: "os partidos políticos estão a ser usados em Portugal para camuflar muita coisa". Se estão, digo eu! Por alguma razão, há gentinha quase há quarenta anos no poder e que não o larga a troco de nada. Escondem, o quê? Que razões levam à eternização nos lugares, fazendo do exercício da política uma profissão? Ele, tal como escreveu, lá saberá. Eu, enquanto cidadão, apenas desconfio e espero que a História descortine todos os contornos da camuflagem. No seu texto redondo, escrito vezes sem conta em edições distintas, lá saiu outra: "(...) Eis a razão porque a República Portuguesa não é uma democracia, mas sim uma partidocracia. Foi retirado poder ao Povo soberano para o entregar aos partidos, mas estes, por sua vez e transversalmente, são dominados por interesses elitistas, financeiros e económicos de sociedades secretas, nomeadamente a maçonaria, os quais são impostos ou tentados impor à população, de maneira anti-democrática porque sem a transparência exigida. A transparência que é exigida em Democracia, para que o Povo soberano, com toda a informação a que tem Direito, possa decidir". Absolutamente correcto, sublinho, retirando a estafada historieta da maçonaria que já cheira mal. Eu que sou oposicionista ao regime que implantou na Madeira, não escreveria melhor sobre a partidocracia imposta aos insulanos da Madeira e do Porto Santo. Quem é que retirou poder ao povo através do medo, da subsidiodependência, do insulto e da agressividade discursiva? E sobre os "interesses elitistas, financeiros e económicos" quem melhor do que ele para disto falar, uma vez que conhece, um a um, todos quantos fizeram fortunas à mesa do orçamento? E quando escreve e defende a "transparência", pergunto, se se estará a referir aos três milhões anuais ao Jornal da Madeira, para de forma anti-democrática impor a mentalidade e os condicionamentos que lhe interessam?
O delírio da escrita salta em turbilhão de parágrafo em parágrafo. Reli: "(...) Indivíduos que aparecem publicamente a falar de “democracia”, de “ética”, de “igualdade de classes”, na sombra, mafiosamente, procuram dominar a “res publica” para servir os seus interesses pessoais ou dos grupos a que estão comprometidos". Pimba! Na mouche. Exclamo: estarei face a um auto-retrato? E, logo a seguir, toma lá: "(...) A comunicação “social” dos ingleses e da maçonaria, aliada dos comunistas contra o PSD, depois de ter servido o regime fascista!" Servido o regime fascista? Pergunto, uma vez mais: como se chamava o articulista assíduo do antigo Voz da Madeira, órgão do regime de Salazar, que defendia esse regime com unhas e dentes?
Lá mais para o final a girândola: "(...) A droga que a “Madeira Velha” e a maçonaria pretendem dar a beber aos Madeirenses e aos Portossantenses, para tragicamente voltarmos a estar nas mãos dos opressores de antes do 25 de Abril". Esta é fantástica. Então, e os novos senhorios? Os novos colonos? Os que se encheram à custa do orçamento? Os que geraram 25.000 desempregados? Os que fizeram despoletar mais instituições de solidariedade social do que o número de freguesias? Os que conduziram a Madeira à bancarrota? Isto é que é jogar para os outros os erros de uma governação tresloucada!
Ilustração: Google Imagens.
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