Entrámos no mês da "Festa". Mas ontem, para mim e, certamente, para muitos milhares, foi um dia de grande constrangimento. Porque as trágicas imagens do Porto da Cruz, Santo da Serra e de outras localidades, devido à intensa chuva e derrocadas deixaram os madeirenses, uma vez mais, de coração apertado. Já não basta a crise e a pobreza ainda temos de aguentar com o incomensurável poder da natureza. É assim, nada a fazer, para além de retirarmos as respectivas ilações. Que quem governa nunca as retira, sobretudo no campo da prevenção. Que "festa" terão as pessoas atingidas? Doloroso. Curiosamente, no mesmo fim-de-semana que decorreu mais uma campanha do Banco Alimentar. Fui de propósito ao supermercado para colaborar através da contribuição que a minha consciência ditou. À noite, no telejornal nacional, vi, com enorme alegria, o resultado da solidariedade dos portugueses. Fantástico.
Obviamente, seria preferível que estas campanhas não tivessem a regularidade que têm, isso significaria que, no caso específico da Madeira, a população vivia com trabalho e dignidade. Mas isso não acontecesse. Há um homem que não sabe parar a asneira! É chocante a pobreza que por aí anda a par de multimilionários que se multiplicam; é chocante a miséria a par dos interesses obscuros do grande capital que impõe a privatização de tudo. Olhemos para os CTT e para a pouca-vergonha que se passa nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Independentemente da ausência de transparência, a questão que coloco, face a tanta privatização, é apenas esta: se é bom para o privado que razões sustentam o facto de não ser bom para o sector público? A resposta, pelo menos para mim, é só uma: por um lado, a incapacidade política para definir sistemas organizacionais e gestionários de elevada competência, eficiência e eficácia; por outro, a existência de políticos de meia tigela que, por interesse pessoal ou de grupo, andam a vender a retalho as riquezas nacionais. Corja que deveria ser julgada.
O homem que não sabe parar! |
Obviamente, seria preferível que estas campanhas não tivessem a regularidade que têm, isso significaria que, no caso específico da Madeira, a população vivia com trabalho e dignidade. Mas isso não acontecesse. Há um homem que não sabe parar a asneira! É chocante a pobreza que por aí anda a par de multimilionários que se multiplicam; é chocante a miséria a par dos interesses obscuros do grande capital que impõe a privatização de tudo. Olhemos para os CTT e para a pouca-vergonha que se passa nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Independentemente da ausência de transparência, a questão que coloco, face a tanta privatização, é apenas esta: se é bom para o privado que razões sustentam o facto de não ser bom para o sector público? A resposta, pelo menos para mim, é só uma: por um lado, a incapacidade política para definir sistemas organizacionais e gestionários de elevada competência, eficiência e eficácia; por outro, a existência de políticos de meia tigela que, por interesse pessoal ou de grupo, andam a vender a retalho as riquezas nacionais. Corja que deveria ser julgada.
Mas este é o mês da "Festa". Com todas as dificuldades e com toda a solidariedade espero que este mês seja de um profundo sentimento pelos outros, em nome da Palavra de Cristo, esse Homem que, dois mil anos depois, continua a inspirar-nos nas condutas.
Ilustração: Google Imagens.
Ilustração: Google Imagens.
Sem comentários:
Enviar um comentário