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sexta-feira, 27 de junho de 2014

DIA DE CHORO


E a selecção não conseguiu dar uma alegria aos portugueses! O pedido que partiu do Presidente da República não teve eco. Paciência, fica para a próxima. Ora, eu que não sou, nem treinador de campo, nem de bancada, não teço, por isso, quaisquer considerações sobre a organização e postura da equipa. Se Paulo Bento deve ou não deixar a selecção, sobre as razões que justificaram tantas lesões, umas mais graves do que outras, se deveriam ter começado pelos Estados Unidos ou rumado directamente ao Brasil, enfim,  tantos "se" para cujas respostas não estou nem minimamente habilitado. Há quem esteja, muitos deles sem nunca terem calçado umas chuteiras! Falam e falam enquanto eruditos da matéria. 


Há dias, logo a seguir aos 4-0 da Alemanha, estava eu no cais de Machico entretido entre a tentativa de pesca de mais um bodião e os olhares na magnífica baía ali mesmo em frente. Ao meu lado, a poucos metros, escutei uma acessa discussão entre cinco ou seis homens do mar, pressuponho: o Bento é isto e aquilo, x deveria jogar ali e não acolá, y deveria ter ficado em casa, k é um árbitro com problemas de vista, enfim, digo-o com sinceridade, senti-me a ver um programa de televisão, entre tantos que nos entram casa adentro em horário nobre, apenas feito por homens do povo e não por engravatados e licenciados em direito, medicina e tantas profissões que não as do desporto. Também com uma diferença, escutei, entre duas ou três palavras, um palavrão, coisa que, na televisão, apesar dos arrufos, os interlocutores são comedidos. De resto, não notei diferenças. Talvez, por isso mesmo, cansado de repetitivos comentadores políticos e de programas de desporto para entreter camelos, começo a ter uma tendência para seguir a RTP-Memória, entre outros de música, cinema e natureza. Felizmente, ainda temos essa opção.
Ilustração: Google Imagens.

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