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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

EUROPA FORTE COM OS FRACOS E OS "MUROS" POR DERRUBAR


Querem cada vez mais medidas de austeridade. A cartilha dessa gentalha europeia, que usa e abusa do seu quase infinito poder, perdida no labirinto do dinheiro, humilha, claramente, os mais fracos e ajoelha-se perante quem lhe faz frente. Os "ingleses" não se puseram com meias medidas, colocaram sobre a mesa as regras e fortaleceram as suas convicções. Porque a Europa "tem medo, como o diabo da Cruz", do referendo que vem a caminho na Grã-Bretanha sobre a manutenção ou saída da União. Seria o início do descalabro. De um outro modo, mas tendencialmente convergente, anda essa gentalha a "piar fininho" com a Itália e até mesmo com a França. Relativamente a Portugal e outras economias mais débeis, ficam enfurecidos porque a exploração tem de continuar. De todo, não é nesta Europa que acredito. Esse é o caminho que, paulatinamente, me conduz a situar-me no campo dos eurocépticos. Mas, porque raio um país tem de, antecipadamente, subordinar-se ao controlo externo, perdendo a sua independência e autoridade? 


Apeteceu-me escrever umas linhas sobre esta matéria e sobre alguns "socialistas" do topo europeu rendidos ou, melhor, vendidos nas suas convicções. Mas não. Não sou economista e, portanto, julgo de bom senso guiar-me por aqueles que admiro pelas suas sustentadas posições. Li o artigo do Dr. João Abel de Freitas, economista, (http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/566259-orcamento-de-estado-2016) hoje publicado e que aconselho a sua leitura. Aqui fica um excerto:
"(...) Pode-se questionar, mas vai “gerar” o diferencial de 0,4%?
Penso que o montante a injectar é de tal maneira vigoroso (acima de 1000 milhões de euros) que até pode gerar mais. A resposta precisa é, no entanto, mais complexa. Só mesmo na posse de ensaios em modelo robusto se poderá dar uma resposta aproximada: os “tais ensaios de sensibilidade”.
Mas a minha resposta de tanta contestação às projecções do Governo não decorre destes graus de incerteza. Não há fundamentação técnica para isso. A situação é bem outra. Este governo é mal visto. Não é da cor dominante. Saiu dos padrões da Troika. E, mesmo após o “chumbo” pelo Tribunal de Contas Europeu de que a austeridade em Portugal e outros países foi mal gerida, de que a Troika não só não soube detectar as razões da crise como não soube lidar com ela, ainda assim continua arrogante e na mesma linha de actuação - a da austeridade e empobrecimento.
Outras propostas orçamentais como as de França e Itália não cumpriram o que está nos tratados e a UE fechou os olhos. Em 2015 e nos anteriores o Governo Passos/Portas não cumpriu e não foi apertado. Só mesmo uma razão estritamente política leva a tanto alarido e alarme".
Ilustração: Google Imagens.

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