Não me restam quaisquer dúvidas que o Dia da Região, infelizmente, transformou-se do dia de alguns. Por mais voltas que queiram dar, o Dia da Região é um dia de natureza política. Não se trata da festa do Monte ou do arraial de S. Pedro na Ribeira Brava. É um dia marcadamente político. E sendo assim, nada mais natural que seja no Parlamento Regional, com todo o rigor protocolar e não só, que as comemorações devem ter lugar. E é ali, que todos os representantes do Povo, deveriam subir à tribuna e dizer o que lhes vai na alma desse Povo que representam. Coarctar a palavra aos da nossa terra e entregá-la a estranhos, por maior que seja a consideração que possamos ter, constitui um lamentável acto anti-autonómico e penalizador da vivência democrática.
Mas nesta nossa Região é assim. Já o 25 de Abril comemora-se conforme os apetites do momento e conforme dá jeito. Umas vez a 24, outras a 26, outras vezes passam ao lado. No 1º de Maio, Dia do Trabalhador, que deveria emergir do próprio Povo, não, a Secretaria dos Recursos Humanos subverte o espírito desse dia, organiza e gasta uma pipa de massa na festarola, desviando e dividindo, assim, as atenções. Uma velha e gasta manobra que nem no tempo da outra senhora se atreviam a tanto!
Mas, atenção, ainda assim, com alguma benevolência, aceito o carácter itinerante do Dia da Região. Desde que os princípios orientadores sejam escrupulosamente respeitados. Como não serão, lá não estarei. Por uma questão de respeito pela Autonomia, pela Democracia e pelo Povo que me elegeu.
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