Politicamente, fiquei chocado. Não é que me esqueça de alguns episódios, lá para trás, entre 2008 e 2011, as promessas feitas para chegar ao poder e, depois, ignorando as declarações produzidas, tudo quanto fez aos portugueses durante quatro anos. Cheguei a pensar que teria sido circunstancial, que o fervor da campanha o teria conduzido a orientar o discurso eleitoral em um sentido, sabendo, lá no fundo, que não era esse o seu programa. Pelo decurso da sua práxis política provou-se, no entanto, a colossal mentira de um homem com várias caras e pensamentos. O problema é que continua a mentir como se todos nós fossemos uns parvos e desmiolados. Agora, foi foi a propósito do túnel do Marão.
"Nunca estive em nenhuma obra de inauguração [sic], nem de estradas, nem de autoestradas, nem de pontes, nem de coisa nenhuma. Estaria lá com certeza o senhor ministro da Economia em representação do Governo." (aqui)
Obviamente que inaugurou várias obras e o seu nome consta das placas alusivas. Para quê, então, mentir? Quando, diz a sabedoria popular, "que mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo"? Ininteligível a todos os níveis, para mais, ainda, quando se trata de um ex-governante e líder da oposição. Não leva tempo e ainda assume que não se lembra de ter sido primeiro-ministro!
Ilustração: Google Imagens/Público.
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