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sexta-feira, 27 de maio de 2016

INDICADORES ARREPIANTES - E SE DISCUTISSEM A TRAGÉDIA COMO ENALTECEM OS ÊXITOS?


Volta e meia aparecem por aí, sobretudo através de políticos da maioria que governa há quarenta anos, a falar que somos pioneiros e líderes nisto e naquilo. São vários os casos de uma alegada pujança organizativa e de iniciativa mobilizadora que os leva a enaltecer feitos que não têm em conta o que acontece em outros espaços do País. É óbvio que qualquer um fica feliz por ver os êxitos deste ou daquele em qualquer sector ou área. Dois exemplos, os mais recentes: a vitória de Micaela Abreu no Got Talent (que voz!) ou, a sétima qualificação olímpica de João Rodrigues (que feito!). E há mais, obviamente que sim. 


O que me é difícil aceitar é a propaganda sem sentido que enaltece de forma desmesurada como se isto, por aqui, fosse uma "fabrica" de talentos e de bem-estar social, consequência de políticas estruturadas nesse sentido. E mais do que isso, esquecendo-se a parte contrária, os indicadores que envergonham. Exemplos? Muitos, também. Desde o abandono escolar e o insucesso nas aprendizagens de consequências amargas no futuro, até à trágica liderança de mulheres mortas por agressão, mortes por dependência do álcool (DN-Madeira), taxa de suicídios e taxa de desemprego, entre outros. Neste quadro ninguém assume responsabilidades pela constante degradação das políticas sociais. 
E a propósito, trago sempre em memória o saudoso jornalista Carlos Pinhão (A Bola) que em uma bem humorada coluna semanal, escreveu qualquer coisa do género: "somos os melhores do futebol europeu sub-17, somos os melhores do Mundo em sub-21, os melhores da Europa sub-18, sub-16, etc. etc., somos os melhores do mundo em sub-desenvolvimento". Pois. Tomemos em consideração isto e cuidemos do que realmente é importante e saudável no sentido de uma sociedade feliz e culta. 
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Ilustração: DN-Madeira

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