Há dias terminei um texto com uma frase que escutei de um velho Amigo, o Franklim, que, infelizmente, já partiu: "Se o Al Capone regressasse certamente diria: como é possível fazer tanto sangue sem um único tiro".
Pois é, os tempos são outros e não são necessários os tiros e o gangsterismo de ontem. Christine Lagarde, líder do Banco Central Europeu, representante da direita política europeia, não dá um tiro que seja, mas mata a esperança e os direitos de tanta gente. Sobretudo o direito à habitação. Ela (e o seu grupo que não vou designá-lo de gang), voltou a subir taxas de juro em 0,25 pontos percentuais, espremendo cada vez mais a débil vida dos portugueses. Sobretudo a dos mais jovens.
E isto passa-se numa Europa que se afirma pela solidariedade. Nem a Europa nem o Estado Português põe na ordem os bancos que desenvolvem a sua actividade em Portugal, os quais, diariamente, lucram milhões com aquelas e outras patifarias, "(...) tiveram em 2022 o melhor resultado dos últimos 15 anos. Os lucros dos bancos em Portugal dispararam 50% no ano passado, para 2,97 mil milhões de euros. Foi o melhor resultado desde a crise financeira global de 2007, de acordo com os cálculos do Banco de Portugal".
Só o BCP, no primeiro semestre de 2023, aumentou os seus lucros em 580%.
Será que ninguém está a ver o filme? Ou é a lógica de um tal banqueiro que impera: "os portugueses aguentam, aguentam..."
Ilustração: Público
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