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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

OU MUDAM OU SERÃO IMPLACAVELMENTE MUDADOS


Mas há quem defenda esta pouca-vergonha numa terra profundamente assimétrica no plano social, com carências até ao céu da boca. Perguntem aos movimentos assistenciais, perguntem às paróquias, perguntem aos desempregados, perguntem aos idosos e a milhares de crianças que vivem com sérias dificuldades. Perguntem se este é tempo de futebóis ou de ir ao encontro das pessoas!


Nada que não se soubesse, mas importante enquanto peça jornalística. Na página 36 do DN, através do Jornalista Miguel Torres Cunha, podemos ler: "SAD deve um milhão de euros e não paga desde Novembro". Logo a seguir, "dívidas ao fisco, segurança social, contas penhoradas, cheques sem cobertura, calotes aos fornecedores e incumprimento com os jogadores e treinadores revelam uma gestão ruinosa e irresponsável".
Isto no Porto-Santo onde as prioridades não se compaginam com o hoquei ou com qualquer outra modalidade desportiva no quadro da representação nacional. E quem está por detrás de tudo isto? O Governo Regional da Madeira, obviamente um destacado parceiro na Sociedade Anónima Desportiva. A irresponsabilidade começa exactamente aí, pois todos sabemos que o Porto Santo não tem dimensão para ultrapassar os limites da ilha, uma vez que lhe falta estrutura económica, ao nível das empresas lá sediadas, para suportar encargos com uma actividade profissional daquela natureza. Nem empresas nem a própria autarquia pode garantir o apoio necessário, quando se confronta com 92% do sistema empresarial em insolvência técnica. Digo mais, em tempos de penúria, nem o governo regional pode assegurar compromissos desta natureza. Gastar onde não é necessário, deixando de investir onde é prioritário, constitui um crime social.
Está a doer!!!
Mas, os exemplos de uma política desportiva sem Norte, não se ficam por aí. A Associação de Futebol da Madeira fechou as contas de 2010 com um passivo de 6,4 milhões de euros, onde se destacam 4,78 ME de responsabilidades junto de instituições de crédito. Como diz a sabedoria popular, só vendo, porque contado ninguém acredita.
Ora, estas dívidas do associativismo são apenas a ponta do icebergue, aquilo que conhecemos, porque o somatório de tudo o que por aí vai, de encargos assumidos e não pagos, deve ser arrepiante. Mas há quem defenda esta pouca-vergonha numa terra profundamente assimétrica no plano social, com carências até ao céu da boca. Perguntem aos movimentos assistenciais, perguntem às paróquias, perguntem aos desempregados, perguntem aos idosos e a milhares de crianças que vivem com sérias dificuldades. Perguntem se este é tempo de futebóis ou de ir ao encontro das pessoas!
Espero que o Povo saiba ler estes sinais. Ou mudam ou serão, implacavelmente, mudados.
Ilustração: Google Imagens.

4 comentários:

Salesiano disse...

O que vale um 1 milhão de euros comparado com os 143 milhões que custaria construir estabelecimentos públicos para abranger os alunos do privado que se veriam privados da sua escola pelo fim dos apoios ao funcionamento que preconiza no ser estatuto?
Nada...
Não vale a pena dizer que não fecharia essas escolas. Se lhes tirar o "tapete" fecham mesmo. O resto é sua demagogia.

André Escórcio disse...

Por favor,
não diga disparates. Identifique-se para que possa ser levado a sério. Essa é uma colossal mentira e uma profunda desonestidade intelectual.
Nunca escrevi um comentário-resposta desta maneira, mas tudo tem um limite. Comentários destes fazem parte da melhor acção psicológica dos regimes ditatoriais: repetem a mentira até que as pessoas acreditem.
Venha para o debate, de cara levantada e discuta com elevação os assuntos. Não faça da mentira dos outros a sua mentira.

Anónimo disse...

"Ensinemos o intelectual a compreender e a amar o desporto ,a ver nele obra de ciência e arte;e por sua vez,ensinemos o desportista a compreender e a amar a vida mental,a ver na ciência e na arte maravilhosos exercícios desportivos,já que a ciência e a arte são afinal a alma radiosa do verdadeiro e humano desporto"-citado por:Prof.Sílvio Lima.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Oxalá muitos o lessem!