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segunda-feira, 20 de junho de 2011

ALGUÉM PODE CONTINUAR A ACEITAR O DESPOTISMO?


O Dr. Jardim, com esta atitude, demonstrou, claramente, que está no fim da sua vida política. Esta forma de governar é inaceitável. Ele, uma vez mais, deu a entender que apenas quer estar, ser o centro, de preferência sem leis e sem regras, onde tudo possa girar de acordo com a sua vontade e os seus caprichos. Eu, o "Único Importante", penso, determino e os restantes, qual interruptor, devem agir em conformidade. Mas alguém pode continuar a aceitar este despotismo?


Esta foto diz tudo ou quase tudo!
Tinha a intenção de comentar esta situação momentos após dela ter tido conhecimento. Adiei porque considerei um absurdo o presidente do governo regional impor que, alguns colunistas afectos ao PSD, deixassem de escrever nas páginas de opinião do DIÁRIO. Por uma questão de prudência, esperei pela confirmação.
Vamos lá ver, não é que não considerasse possível, à luz de comportamentos anteriores, mas entre a vontade e a concretização, é óbvio que medeia um espaço complexo a vários níveis da análise política. Mas ao que parece é mesmo assim, a sua histórica má convivência com o exercício pleno da Democracia e com os valores da liberdade, determinaram essa "imposição". E, porventura, os políticos em causa deixarão mesmo de opinar, porque as cumplicidades são muitas, o seu futuro político continua a ser determinado pela acção de um homem e, nestas coisas, diz certamente a cartilha laranja, aprendida pela experiência, convém manter o respeitinho, quando sabem que o abraço e a confiança de hoje pode, amanhã, transformar-se em uma condenação ao inferno.
O Director do DIÁRIO, Dr. Ricardo Miguel Oliveira, explica: "Jardim insiste numa cruzada irracional. Continua a colocar "objectivamente em sério risco" o pluralismo na Região, como já alertou há um ano a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). Aliás, a directiva interna que impede os social-democratas de dar opinião no DIÁRIO é apenas mais um lamentável e vergonhoso episódio de uma longa série de atentados patrocinados pelo PSD-M e pelo seu líder. A opinião única no jornal pago pelos contribuintes; a perseguição ao jornalismo independente; o corte de assinaturas; as ameaças de expropriação; a recomendação empresarial ao boicote publicitário; as ofensas aos jornalistas; os múltiplos avisos de processos judiciais; o oneroso fomento da concorrência desleal com o objectivo de silenciar quem conta a verdade têm a marca de quem se habituou a emitir "fortes juízos de censura" e a ser pródigo nas contradições".
O Dr. Jardim, com esta atitude, demonstrou, claramente, que está no fim da sua vida política. Esta forma de governar é inaceitável. Ele, uma vez mais, deu a entender que apenas quer estar, ser o centro, de preferência sem leis e sem regras, onde tudo possa girar de acordo com a sua vontade e os seus caprichos. Eu, o "Único Importante", penso, determino e os restantes, qual interruptor, devem agir em conformidade. Mas alguém pode continuar a aceitar este despotismo?
O problema é que não se trata apenas de uma "proibição" relativamente ao DIÁRIO. O problema é muito mais grave e muito mais amplo, é que uma grande parte da sociedade e das suas instituições está CAPTURADA por este tipo de governação. Não se trata apenas da castração do pensamento livre, o que está em causa é a subordinação de um povo a uma única vontade e a uma única verdade. E quando mais o cerco económico e financeiro acontece, por erros cometidos ao longo de três décadas de governo ininterrupto, quanto mais cresce o desemprego e a pobreza, quanto mais crescem as falências, quanto mais crescem os desconfortos dos empresários, quanto mais crescem as angústias dos professores, dos médicos e dos enfermeiros, quanto mais cresce a dívida que já atinge os seis mil milhões, mais o sistema, eu diria, o regime, se enclausura e combate os espaços de liberdade e de pensamento como ainda o é o DN. Aquela "proibição" tem um sentido, eu diria simbólico, de transmitir o medo e o sentimento de que há um que quer, pode e manda. Em Outubro, ou se assiste a uma mudança, ou, lamentavelmente, isto acaba mal.
Ilustração: Google Imagens.

6 comentários:

Anónimo disse...

O artigo do Ú.I no J.M de hoje mostra a falta de vergonha e de carácter dele!Ele julga que consegue manipular toda a gente...Nunca conheci outro presidente regional senão o ÚNICO INCOMPETENTE ,nos meus trinta e tal anos de vida.Será que quando chegar a velhinho(oxalá..) ainda vou vê-lo a mandar no Zé Povinho???

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Os madeirenses e porto-santenses têm o dever de travar esta loucura política antes que a loucura tome conta de todos.

Anónimo disse...

em 1º lugar, a oposição tem de perceber que ajj ganha eleições democráticas.
em 2º lugar, é evidente que o dn é mais útil ao psd do que o jm.
em 3º lugar, o melhor que o ps podia fazer era não ir a reboque dos factos criados pelo dr ajj. mas ainda não se aprendeu isto. daí as derrotas humilhantes.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Não me consta que alguém tenha colocado em causa os resultados eleitorais. Por outro lado, a oposição não anda a reboque das posições do Dr. Alberto João Jardim. Pela parte que me diz respeito, não ando.
Sabe, o problema é muito mais complexo. Eu tenho noção dos muitos anos de luta, de propostas sérias para a nossa Região e de alertas sustentados em estudos. Apesar disso os resultados nunca são bons.
Eu penso que temos de ir às causas e perceber porque é que isto acontece: se é por demérito da oposição ou se tudo foi conduzido no sentido do condicionamento da sociedade, factor que impede que outras mensagens políticas ganhem simpatia.
Este é dos tais assuntos que proporciona um longo debate. E como sabe, não é aqui que o podemos fazer. Mas ficamos a pensar nesta troca de impressões sobre o processo...

Anónimo disse...

não é andar a reboque exactamente. é ir atrás das iniciativas de criação de factos políticos pelo psd.
o ps anda quase sempre atrás a comentar ou a reagir ao psd.
isso é negativo.

André Escórcio disse...

Penso que isso não está a acontecer, mas a sua posição não tenho dúvidas que deve ser considerada como um conselho.