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sábado, 8 de junho de 2013

POLITICAMENTE, ESTE PRIMEIRO-MINISTRO É PERIGOSO


Do ponto de vista político, repito, político, o primeiro-ministro é um sujeito perigoso, muito perigoso. Ouvi-o dizer que as pessoas sabiam ao que vinha quando nele votaram e foi mais longe, sublinhando que não tem medo dos resultados eleitorais das autárquicas, nem das europeias, nem das legislativas. Do meu ponto de vista estas declarações caracterizam bem o sujeito político "salvador da pátria", o sujeito político populista que de tanto repetir a mentira leva as pessoas a que nele acreditem, sobretudo quando a degradação social chegou a um ponto tal que gera, por um lado, medo, e, por outro, para uma parte da população, a falsa ideia que o caminho da austeridade e do empobrecimento constitui a receita correcta. Assim nascem os ditadores, os que travestidos de democratas, de sorriso nos lábios, vão impondo o empobrecimento e a escravização do povo ao serviço de interesses que se movem muito para além do país. 

Isto já cheira mal... pois cheira!

Com um desplante total sublinhou que todos sabiam ao que vinha, quando todos sabem qual foi o seu discurso em todo o período de pré e de campanha eleitoral. Já aqui publiquei um vídeo que, aliás, está disponível no YouTube (clique aqui para segui-lo). O vídeo demonstra a antítese entre as promessas e a sua postura que adoptou logo que entrou no governo. Mas tem a distinta lata de afirmar exactamente o contrário, como se todos fossemos ignorantes e de memória muito curta. Repito: este político é perigoso. É um político frio, que demonstra não se comover com a desgraça das famílias, com o desemprego e com a progressiva degradação do tecido social. Custa-me dizer isto porque está em causa  um ser humano, mas, politicamente, é isto que o caracteriza. É um fanático de certas políticas, e um fanático exprime muita dificuldade em ver o óbvio, segue o seu caminho quase que inspirado por uma qualquer divindade.
Ainda anteontem, quando decorriam as negociações com os sindicatos de professores, relativamente à greve anunciada para o primeiro dia de exames, já o governo tinha decidido os processos sobre a mobilidade, sabendo que uma das questões sujeitas a negociação era, exactamente, o da mobilidade especial. Isto para mim diz tudo, isto é, fazem de conta que estão a negociar, mas não alteram uma vírgula ao que pensam. Ponto final e eles que se amanhem, constitui o pensamento dominante. Ora, parece-me evidente que estão a criar um caldo explosivo. Falta um qualquer clique e podemos ter, infelizmente, uma situação de conflito que se pode multiplicar por várias cidades do país. Porque já não há quem os aguente. É tal a austeridade e é tal o sofrimento que mesmo que a intenção seja a de gerar o medo e o constrangimento consentido, poderá chegar o dia da tragédia, por desespero do povo face à intolerância de quem governa. Oxalá que não, mas isso depende mais do Presidente da República que do próprio governo. Para já, segundo o semanário "Sol", nunca houve um grau de ameaça tão elevado para um Governo como aquele que o actual Executivo de Passos Coelho enfrenta, pelo menos nas duas últimas décadas. De acordo com o semanário, todos os ministros estão a ser protegidos por elementos do corpo de segurança pessoal da PSP, pelo facto de, e segundo a avaliação do Serviço de Informações de Segurança (SIS), existir o risco de sofrerem agressões e até atentados.
Ilustração: Google Imagens.

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