É evidente que são diferentes os caminhos que cada partido segue para atingir os objetivos da sua ação política, mas precisam de ter em atenção que um poder com 36 anos, um poder de poderosas ramificações necessita, também, de uma resposta adequada às circunstâncias. É o povo e o futuro que estão em jogo. Uma vez consolidada a democracia, a liberdade e os problemas que necessitam solução imediata, então sim, cada um pode e deve, serenamente, seguir o seu projeto. Neste momento o concenso torna-se necessário.
Apoio um entendimento entre os partidos políticos representados na Assembleia Legislativa da Madeira, no sentido de por termo a este descalabro. Há muitos anos que tal é uma evidência. Os partidos políticos devem abrir espaços de entendimento, salvaguardando as suas diferenças de base ideológica, mas centrando-se naquilo que é essencial, neste caso, a "salvação da Madeira", isto é, a retirada deste poder mesquinho e tendencialmente totalitário, das mãos de um partido e de um homem que já provou ser o causador do desastre económico, financeiro, social e cultural.
Do meu ponto de vista terá de existir humildade política, seriedade na negociação e trabalho centrado naquilo que é essencial. Todos defendem o bem-estar, todos defendem o combate à pobreza, todos sustentam a necessidade de investimento no setor empresarial, todos defendem mais e melhor emprego, todos defendem que as medidas de austeridade deverão ser reajustadas à realidade da Região, todos defendem a necessidade de uma Autonomia com consistência e todos defendem mais e melhor democracia. É evidente que são diferentes os caminhos que cada partido segue para atingir os objetivos da sua ação política, mas precisam de ter em atenção que um poder com 36 anos, um poder de poderosas ramificações necessita, também, de uma resposta adequada às circunstâncias. É o povo e o futuro que estão em jogo. Uma vez consolidada a democracia, a liberdade e os problemas que necessitam solução imediata, então sim, cada um pode e deve, serenamente, seguir o seu projeto. Neste momento o consenso torna-se necessário.
Eu sei que houve uma proposta de "plataforma democrática" que, infelizmente, não teve sucesso. Talvez seja a altura de todos repensarem esse fracasso e repensarem a derrota que se abateu sobre toda a oposição. A fragmentação partidária, no atual contexto político da Madeira, apenas interessa ao PSD no poder. Daí que, a proposta apresentada pelo PS-Madeira nas jornadas parlamentares de hoje, tenha a sua razão de ser. Apoio-a e apoio o sentido de humildade política do PS que apesar de encontrar-se em crescendo de apoio popular, entende que é necessário concentrar esforços naquilo que é essencial. Se cada um ficar na sua casinha de interesses, penso que os interesses da Madeira continuarão a ser atraiçoados ou, no mínimo, adiados.
Ilustração: Google Imagens.
2 comentários:
"Apoio um entendimento entre os partidos políticos representados na Assembleia Legislativa da Madeira, no sentido de por termo a este descalabro", diz o professor neste seu texto. É lapso ou o professor defende que o Bloco de Esquerda - que não está 'representado na Assembleia Legislativa da Madeira' - não deve fazer parte deste projecto?!
Obrigado pelo seu comentário.
ACIDENTALMENTE o BE não está no Parlamento. Trata-se de um lapso meu que me penitencio. O BE é uma força política por quem nutro respeito e consideração política, porque não esqueço a sua História na RAM.
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