Lamento a perda da Autonomia, lamento que uns senhores tenham dado cabo dela, tenham espatifado milhões e tivessem conduzido a Região a uma situação de falência, eu lamento que não sejamos nós a definirmos o nosso futuro, mas em primeiro lugar defendo as pessoas. E neste pressuposto não posso pactuar com uma situação de silêncio generalizado, como se as ilhas não fossem território nacional. Está à vista de todos que estes governantes não têm condições nem pessoais nem políticas para governar a Região. E quando isto acontece, quando isto é sensível e visível decorridos cinco meses após a tomada de posse, penso que não está aqui em causa o tempo decorrido na nova legislatura, mas uma análise de muitos anos que prognostica que não pode haver futuro com alguma esperança quando os métodos continuam a ser os mesmos. Afinal, questiono, de que está à espera o Presidente da República?
E o povo, por enquanto, continua sereno. As notícias dão-nos conta de mais um buraco de doze milhões de euros. Leio no DN-Madeira: "(...) contas feitas, o Orçamento Regional para 2012 deveria prever uma receita deste imposto de 54,9 milhões. Isto porque a receita do imposto sobre o tabaco foi de 31,4 milhões de euros em 2011. Mas não é isso que acontece. A previsão de receitas sobre o tabaco é de apenas 43,2 milhões de euros, cerca de 12 milhões de euros a menos do que estava previsto no PAEF (...)". Resulta daqui que das duas, uma: para o governo cumprir o ajustamento orçamental previsto no Plano de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), ou corta mais na despesa ou tem de arranjar mais receita. Olha-se para a situação e, convenhamos, não é fácil nem uma nem outra. Por um lado, porque não há coragem política para proceder aos necessários cortes na despesa perfeitamente dispensável, até pelos seus efeitos multiplicadores, por outro, face aos graves constrangimentos em que se encontram as empresas e de uma maneira geral a população, pergunta-se, onde conseguir mais receita? Complicado, cada vez mais complicado.
Ora, a situação económica e financeira da Região exige outro tipo de comportamento político dos Órgãos de Soberania. Concretamente, o Senhor Presidente da República (e o seu Representante na Madeira) e o próprio Governo da República continuam em um estranho silêncio sobre a catastrófica situação regional. Estranho, até porque conhecem ou deveriam conhecer o formato desta caricatura de democracia gerada ao longo de 36 anos, a teia que foi tecida e como foi instaurado um poder absoluto que ajoelhou uma população inteira. Do meu ponto de vista são, cada vez mais, cúmplices do que se está a passar. O facto do PSD-Madeira ter ganhado as eleições legislativas regionais, com maioria absoluta, isso não obsta que deixem o marfim correr, isto é, que permitam que a situação continue a se degradar ao ponto da insolvência. Há um quadro social extremamente complexo, eu diria terrível, que urge ter em consideração. As medidas constantes do Plano de Ajustamento Económico e Financeiro tornarão, a breve trecho, insuportável a vida dos madeirenses e portosantenses e, como se isso não bastasse numa terra frágil, assimétrica e dependente, ainda por cima, vão sendo descobertas situações, intencionalmente escondidas ou não, que irão agravar o quadro dos constrangimentos.
Eu lamento a perda da Autonomia, lamento que uns senhores tenham dado cabo dela, por algum tempo, espero eu, tenham espatifado milhões e tivessem conduzido a Região a uma situação de falência, eu lamento que não sejamos nós a definirmos o nosso futuro, mas em primeiro lugar defendo as pessoas. As pessoas que estão a passar mal. E neste pressuposto não posso pactuar com uma situação de silêncio generalizado, como se as ilhas não fossem território nacional. Está à vista de todos que estes governantes não têm condições nem pessoais nem políticas para governar a Região. E quando isto acontece, quando isto é sensível e visível decorridos cinco meses após a tomada de posse, penso que não está aqui em causa o tempo decorrido na nova legislatura, mas uma análise de muitos anos que prognostica que não pode haver futuro com alguma esperança quando os métodos continuam a ser os mesmos. Afinal, questiono, de que está à espera o Presidente da República? Que a aparente pasmaceira do povo dê lugar a uma convulsão social? Que as pessoas venham para a rua e que isto se torne ingovernável? O que o faz manter este silêncio ensurdecedor, este deixa andar porque quando rebentar, rebentou? E as consequências? Terá consciência da gravidade da situação política, económica, financeira e social? Para que serve este Presidente da República?
Eu lamento a perda da Autonomia, lamento que uns senhores tenham dado cabo dela, por algum tempo, espero eu, tenham espatifado milhões e tivessem conduzido a Região a uma situação de falência, eu lamento que não sejamos nós a definirmos o nosso futuro, mas em primeiro lugar defendo as pessoas. As pessoas que estão a passar mal. E neste pressuposto não posso pactuar com uma situação de silêncio generalizado, como se as ilhas não fossem território nacional. Está à vista de todos que estes governantes não têm condições nem pessoais nem políticas para governar a Região. E quando isto acontece, quando isto é sensível e visível decorridos cinco meses após a tomada de posse, penso que não está aqui em causa o tempo decorrido na nova legislatura, mas uma análise de muitos anos que prognostica que não pode haver futuro com alguma esperança quando os métodos continuam a ser os mesmos. Afinal, questiono, de que está à espera o Presidente da República? Que a aparente pasmaceira do povo dê lugar a uma convulsão social? Que as pessoas venham para a rua e que isto se torne ingovernável? O que o faz manter este silêncio ensurdecedor, este deixa andar porque quando rebentar, rebentou? E as consequências? Terá consciência da gravidade da situação política, económica, financeira e social? Para que serve este Presidente da República?
Enfim... quando chegarmos a Agosto, provavelmente, com 25.000 desempregados, questionar-se-á se há muito não deveria ter atuado!
Ilustração: Google Imagens.
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