Oh, homem, por que não se cala por uns tempos? É que isto começa a ser de outro foro que não o político. Quem assistiu à desastrada intervenção deve ter-se questionado: este homem não conseguiu organizar uma Região com 260.000 habitantes e diz estar em condições de pensar num país de dez milhões! Espantoso. Não bate certo. Obviamente que não bate certo. Quem escondeu a dívida, quem gerou a falência da Região e o desemprego de 22.000 pessoas (para já), quem potenciou uma pobreza de mais de 30% da população ao ponto de, hoje, tolerar a existência do Banco Alimentar Contra a Fome, vir dizer que a Madeira está disposta a meter o País na ordem, é coisa que demonstra que este é um político em fim de linha.
Duas notas de fim de tarde.
Primeira. No processo de averiguações em curso sobre as loucuras financeiras da Região, tantos têm sido os comunicados e ameças de processos judiciais, por parte do governo regional, que tudo acaba por demonstrar que as consciências não andam tranquilas. Pelo contrário, imagino a polvorosa que não anda por aí. Imagino as dores de cabeça, as noites mal dormidas, as apreensões, porventura a necessidade de fuga àquele que foi o paraíso. Ora, se as consciências andassem tranquilas, obviamente, que o discurso por parte do Presidente do Governo teria de ser outro. Provavelmente, do género: investiguem tudo, oiçam todos, eu quero saber todos os pormenores, pois quem andou mal e nas minhas costas terá de ser punido. Mas não, a demonstração pública é de total aflição e o medo que gerou na sociedade parece que está a invadi-lo à medida que perde tradicionais apoios externos, para além dos internos. Mesmo aqueles que lhe fizeram a corte e que beneficiaram estão em debandada. Neste caso, perante uma dívida que foi ocultada e que, tarde demais, assumiu, vem agora falar de ataque "cirúrgico" à Madeira, como se todos os madeirenses fossem parvos e como se não existisse uma separação entre o poder legislativo e o poder judicial.
Qualquer cidadão, será bom que saiba e que meta na cabecinha, tem o direito de saber a verdade, se houve ou não fortunas mal esclarecidas, se houve ou não compadrios, se houve ou não beneficiados, se houve ou não corrupção, se tudo foi transparente ou se existem zonas negras. É isso que a investigação está a produzir. Portanto, Senhor Presidente, chegou a hora de se saber a VERDADE, por mais comunicados que produza e ameaças que desenvolva. É a vida...
Qualquer cidadão, será bom que saiba e que meta na cabecinha, tem o direito de saber a verdade, se houve ou não fortunas mal esclarecidas, se houve ou não compadrios, se houve ou não beneficiados, se houve ou não corrupção, se tudo foi transparente ou se existem zonas negras. É isso que a investigação está a produzir. Portanto, Senhor Presidente, chegou a hora de se saber a VERDADE, por mais comunicados que produza e ameaças que desenvolva. É a vida...
Segunda. Nesta sequência de posições ridículas e a denunciarem preocupação, na sessão de abertura das 24ª Jornadas de Medicina Familiar da Madeira e Continente, assumiu que a Madeira, leia-se, naturalmente, o Presidente do Governo, está disposto a meter o País na ordem. Oh, homem, por que não se cala por uns tempos? É que isto começa a ser de outro foro que não o político. Quem assistiu à desastrada intervenção deve ter-se questionado: este homem não conseguiu organizar uma Região com 260.000 habitantes e diz estar em condições de pensar num país de dez milhões! Espantoso. Não bate certo. Obviamente que não bate certo. Quem escondeu a dívida, quem gerou a falência da Região e o desemprego de 22.000 pessoas (para já), quem potenciou uma pobreza de mais de 30% da população ao ponto de, hoje, tolerar a existência do Banco Alimentar Contra a Fome, vir dizer que a Madeira está disposta a meter o País na ordem, é coisa que demonstra que este é um político em fim de linha. Apenas peço aos médicos presentes (visitantes), por favor, não levem a mal. Este é o "prato do dia" há 36 anos! Mas a loja vai fechar. Se vai!
Ilustração: Google Imagens.
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