Mas enquanto o naufrágio total não se dá, ei-los, teimosamente, na continuação da sua cega política, tudo chumbando e tudo negando, como se toda a porcaria amontoada pudesse ser varrida para debaixo dos enormes tapetes que a Assembleia tem no seu inventário. Dir-se-á que, ou são cegos, de facto, ou este é o estertor do regime, convencidos que se aguentam no trapézio. Tenham atenção, porque a rede já foi retirada e que mais cedo que tarde o estatelanço provocará um estoiro e, provavelmente, muita gentinha, por iniciativa própria, viajará para outras paragens. Aqui ficarão os peões, os "tontos úteis", os que ajudaram na festa, os que compuseram o tabuleiro dos interesses, mas que não passam disso mesmo, de peões. Quando olharem em redor não haverá delfim que ajude, simplesmente porque não haverá delfim! Tudo tem um fim e este regime de um só homem está a terminar. Parecem baratas tontas ou aquelas formigas quando se dá um bombada de insecticida no meio do carreiro. Dispersam-se, fogem, tentam defender-se, embora estonteadas.
Vazio... como demonstra esta mesa e cadeiras. Muita água, sim, muita água! |
Continuam a chumbar tudo. Naquela Assembleia impera a lei da selva, embora os leões cada vez mais velhos, cansados e incapazes, agora, na maioria, até se comem uns aos outros. A coisa está feia com ameaças de perda de mandato, casos em tribunal, deputados arrolados como testemunhas a tentarem saltar do barco que afunda, o presidente da Câmara do Funchal a dizer que AJJ não tem mão no partido, deputados que se negam visitar a Ribeira Brava porque um autarca disse o óbvio, que "ser autarca não tem nada a ver com ser deputado", que "basta ver as responsabilidades que recaem em cima de um e outro. Basta ver a carga de trabalho de ambos. Basta ver as férias que um e outro usufruem. Basta ver a imunidade que o deputado tem e quase a forma pidesca como o autarca é visto". Declarações que subscrevo, porque, certamente, Ismael Fernandes estava a se referir à bancada do seu PSD. Ele certamente sabe que naquela bancada poucos trabalham e se assim não é, pergunto, quantos diplomas apresentaram como fruto das reuniões e dos estudos? Quantos? Comparado com o trabalho de vários deputados da oposição, a bancada do PSD fica a léguas! Sei do que falo (peço desculpa por enunciar uma vivência pessoal) porque, entre outros, trabalhei dez meses no projecto sobre o Regime Jurídico do Sistema Educativo Regional, documento extenso e complexo e que obrigou a uma preocupação constante no cruzamento de múltiplas variáveis, e que foi chumbado em cerca de vinte e cinco minutos. A maçada que tiveram foi levantar o rabinho da cadeira para votar contra! E esta gente ficou zangada com a posição do autarca.
Mas enquanto o naufrágio total não se dá, ei-los, teimosamente, na continuação da sua cega política, tudo chumbando e tudo negando, como se toda a porcaria amontoada pudesse ser varrida para debaixo dos enormes tapetes que a Assembleia tem no seu inventário. Dir-se-á que, ou são cegos, de facto, ou este é o estertor do regime, convencidos que se aguentam no trapézio. Tenham atenção, porque a rede já foi retirada e que mais cedo que tarde o estatelanço provocará um estoiro e, provavelmente, muita gentinha, por iniciativa própria, viajará para outras paragens. Aqui ficarão os peões, os "tontos úteis", os que ajudaram na festa, os que compuseram o tabuleiro dos interesses, mas que não passam disso mesmo, de peões. Quando olharem em redor não haverá delfim que ajude, simplesmente porque não haverá delfim! Tudo tem um fim e este regime de um só homem está a terminar. Parecem baratas tontas ou aquelas formigas quando se dá um bombada de insecticida a meio do carreiro. Dispersam-se, fogem, tentam defender-se, embora estonteadas.
Mas o chumbo às diversas propostas não traz nada de novo numa Assembleia absolutamente previsível. Ali trabalha-se para produzir chumbo, ou melhor, naquela desprestigiante Assembleia dir-se-á que nunca encerra a época de caça, já que há chumbo todo ano em cima de tudo quanto por ali apareça. Chegam ao ponto, um ponto imbecil, sublinho, de apadrinharem a não entrada dos deputados da oposição numa qualquer escola. Ouvi o deputado Emanuel Gomes, de Machico, dizer que não, que isso perturbava e que iam para ali pregar a sua doutrina! Que tristeza de político que nega uma das suas próprias atribuições enquanto deputado, a de ir, contactar, ver, questionar, saber e documentar-se para poder formar uma opinião! E depois ficam zangados com o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava por assumir que trabalham pouco em relação a um autarca. Emanuel Gomes que é professor, que deve saber que a visita seja lá de quem for a uma escola não perturba rigorosamente nada o seu funcionamento. Obviamente que não querem é que se saiba a realidade, as dívidas aos fornecedores, o papo-seco sem queijo nem fiambre, o yogurt que não chegou, o desespero dos professores, a burocracia, os problemas disciplinares, a fome, enfim, tudo o que hoje torna a escola um lugar de grande preocupação para quem a dirige. É isto que não querem deixar ver e saber, pelo que bloqueiam ao jeito de uma qualquer ditadura. Tenha vergonha, ou melhor, tenham vergonha.
Continuem a brincar enquanto existe "guerra", porque quando a paz chegar será muito difícil aceitarem o lugar de oposição.
Ilustração: Google Imagens.
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