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quarta-feira, 3 de julho de 2013

UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA DISPENSÁVEL


Gaspar foi à sua vidinha com um atraso de dois anos! Portas, com um congresso dentro de dias, aproveitou a confusão e, estrategicamente, pirou-se. Cavaco, como se nada estivesse a acontecer, dá posse a uma ministra, que mentiu "sem vergonha no Parlamento". Passos, com uma distinta lata política, assume que não sai. Os próximos dias ou mesmo horas serão determinantes para este paciente (governo) ligado à máquina que o mantém em uma espécie de faz-de-conta que está vivo e capaz de governar. Que espectáculo deprimente!

"Estamos entregues
a um grupo de irresponsáveis"
O País perdeu dois anos com esta gente louca, arvorados em governantes de cultura Yuppie, teimosos, impreparados, desconhecidos e fracos nesta Europa onde sobejam ratazanas, gente incapaz de saber lidar com as consequências da pior crise internacional dos últimos oitenta anos, submissos e ideologicamente situados em um intolerável espaço político desrespeitador das necessidades do povo. Estamos a pagar o erro que foi o chumbo do PEC IV, hoje reconhecido por tantos analistas, e estamos a pagar o erro que foi manter Cavaco Silva na presidência da República. Escreve, hoje, Mário Soares: "Até agora o presidente Cavaco Silva não disse nada. Falará seguramente amanhã [hoje], com o governo, finalmente, no chão. E agora? Que vai ele fazer que até a este fim triste sempre apoiou incondicionalmente este governo? Demitir-se também? Era o melhor que poderia fazer... Desacreditado como está". 
Não levará muitas horas e o governo cairá. Passos disse ontem que partia esta manhã para Berlim. Segundo li, cancelou a viagem. Aos ministros e secretários de Estado do CDS só lhes restará o pedido de demissão, acompanhando assim a posição do seu líder. Não há volta a dar, pois não faz qualquer sentido que a demissão do presidente do partido não seja acompanhada da demissão daqueles que pertencem à mesma família política. Razão tem Freitas do Amaral, fundador do CDS e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros  que assumiu que o país está "entregue a um grupo de irresponsáveis" (...) "Nós estamos entregues a um grupo de irresponsáveis, de pessoas que não sabem o que é governar um país, não sabem o que é a dignidade do Estado e não sabem as regras mais elementares da democracia. Não sabem nada, fazem tudo mal". Está tudo dito.
Ilustração: Google Imagens

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