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terça-feira, 30 de julho de 2013

VIVA A CIDADANIA E CUIDADO COM AS ALMINHAS SIAMESAS


Não acredito em candidaturas, uma que significa a continuidade, o conhecido, a resposta sempre igual para problemas distintos, o partido que não vai além da horta urbana, a promessa que não se concretiza, o Funchal do bilhete postal e o Funchal das zonas altas; outra, que se mostra zangada com o poder, mas que, no essencial, tem alma política siamesa. São iguais, porque são partidos nascidos um para o outro, que apesar dos arrufos de circunstância, que fazem parte do jogo político, comungam da mesma ideologia e dos mesmos interesses. Basta olhar para a República e analisar o que disseram um do outro durante a campanha eleitoral de 2011, para logo de seguida, fazerem tréguas, casarem, divorciarem-se e voltarem a casar, no mesmo cartório e com a "bênção" do mesmo administrador, com comunhão de bens e com a jura de todos os bens adquiridos, após o casamento, pertencerem igualmente a ambos. No caso em apreço, reparem os leitores, até já pensam juntar os trapinhos para as eleições europeias do próximo ano! Significativo. Assim escrevo, não pela minha costela partidária que integra esta coligação, mas porque 37 anos de um só partido com maioria absoluta é tempo demais para que alguém ainda entenda como necessária a continuidade. Chega. Viva a cidadania.



Ouvi o discurso do Dr. Paulo Cafôfo, candidato da Coligação Mudança à presidência da Câmara Municipal do Funchal, no decorrer da apresentação do mandatário da candidatura, o Arquitecto Luís Vilhena. Depois de escutá-los exclamei: quem poderá dizer que não existe uma alternativa credível, nascida da cidadania, de homens e mulheres livres, que roubam quatro anos às suas rotinas normais de vida para se dedicarem, em exclusivo, aos problemas de uma cidade cheia de complexas situações económicas, financeiras, sociais e culturais por resolver? Há alternativa, pois é evidente que existe. Uma alternativa que não se confunde com interesses menores no quadro dos jogos de poder, uma alternativa onde aquilo que apresenta na montra corresponde ao que guarda no armazém pleno de convicções. Uma alternativa que põe de lado as politiquices partidárias para dar força à inovação, à responsabilidade, ao rigor e ao sentido humano de que tanto as pessoas precisam. Fiquei impressionado com o discurso de Paulo Cafôfo e do seu Mandatário, o Arquitecto Luís Vilhena. O primeiro, porque dele venho confirmando, em crescendo, o homem de bem que é, portador de princípios e de valores, um homem de visão larga, sereno e assertivo, que não precisa de se colocar em bicos de pés para demonstrar as características de líder; o segundo, porque guardo dele, independentemente das suas inegáveis qualidades pessoais, o conhecimento da cidade que me habituei a seguir nos seus artigos "SOBRE(voando) o Território", publicados no DN-Madeira, onde passou em revista as grandes questões do planeamento, da vida, vivência e convivência na cidade. Luís Vilhena escreveu sobre "Cidades Transparentes": "A democracia em que vivemos criou uma série de mecanismos que possibilitam e incentivam a participação dos cidadãos nas decisões relativas a intervenções de transformação e desenvolvimento da sua cidade ou território (Julho 2006) e, no seu blogue, quase em contraponto, um dia sublinhou: "Que pena que eu tenho deste mundo estar cheio de hipócritas...". Ora bem, é pela transparência das decisões na transformação da cidade do Funchal e distante das habituais hipocrisias políticas, que o Arquitecto Luís Vilhena se vincula a um projecto de grande honestidade política liderado pelo Dr. Paulo Cafôfo.
O Funchal precisa desta gente, desta enorme equipa que não se vende ao primeiro da esquina. Só o facto de seis partidos políticos (PS, PTP, BE, PTP, PND, PAN) terem abdicado dos seus interesses partidários para conjugarem esforços no sentido da construção de uma alternativa, tal facto já é merecedor de um grande aplauso. Mas, quando, essa conjugação de esforços decorre de forma serena, sem ambiguidades, com qualidade e com um grande sentido de responsabilidade, obviamente que é de esperar que o povo do Funchal entenda que é chegada a hora de uma "Mudança", enquanto aurora de um novo tempo onde os interesses dos cidadãos sejam colocados em primeiríssimo lugar. Não acredito, pois, em candidaturas, uma que significa a continuidade, o conhecido, a resposta sempre igual para problemas distintos, o partido que não vai além da horta urbana, a promessa que não se concretiza, o Funchal do bilhete postal e o Funchal das zonas altas; outra, que se mostra zangada com o poder, mas que, no essencial, tem alma política siamesa. São iguais, porque são partidos nascidos um para o outro, que apesar dos arrufos de circunstância, que fazem parte do jogo político, comungam da mesma ideologia e dos mesmos interesses. Basta olhar para a República e analisar o que disseram um do outro durante a campanha eleitoral de 2011, para logo de seguida, fazerem tréguas, casarem, divorciarem-se e voltarem a casar, no mesmo cartório e com a "bênção" do mesmo administrador, com comunhão de bens e com a jura de todos os bens adquiridos, após o casamento, pertencerem igualmente a ambos. No caso em apreço, reparem os leitores, até já pensam juntar os trapinhos para as eleições europeias do próximo ano! Significativo.
Assim escrevo, não pela minha costela partidária que integra esta coligação, mas porque 37 anos de um só partido com maioria absoluta é tempo demais para que alguém ainda entenda como necessária a continuidade. Chega. Viva a cidadania.
Ilustração: Google Imagens.

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