A forma como transmitiu é, totalmente, inadequada. É o facilitismo e o populismo a campear, quando a formação é sempre importante, mesmo para aqueles que julgam saber tudo! Mas nada disto me admira. Um governo que escondeu facturas de valor superior a mil milhões de euros é evidente que pode vir a passar certificados de habilitações falsas. Ele próprio, ironizando, a propósito do caso Miguel Relvas disse que tinha ficado "satisfeito porque também ia requerer várias licenciaturas" (...) de “Veterinária, Biologia, Informática e Astronomia”. Agora, de forma semelhante, se o problema é um certificado, pronto, despacha-se isso, entregando a todos as equivalências à tal experiência de anos a plantar no poio.
Duas notas:
1ª O Certificado de Agricultor. Desconheço a norma europeia, mas ouvi as declarações do Presidente do Governo Regional da Madeira sobre essa matéria. Não foram estas as palavras ditas, mas, no essencial, declarou frente a centenas que se reuniram na festa agro-pecuária que se o problema é os agricultores terem um "papel", isto é, um certificado, então, nós vamos resolver isso! Todos, certamente, vão ter um certificado mesmo sem formação. Uma coisa, penso eu, ao jeito de Miguel Relvas, por equivalência de muitos anos a semear semilhas e alfaces. Ora bem, uma coisa é a norma, pressuponho, destinada aos grandes produtores e às exigências de qualidade que o mercado exige, outra, as circunstâncias regionais, de uma ilha atlântica, cuja produção, na maioria dos casos é limitadíssima e ou de sobrevivência. E aqui poderia o presidente falar destas circunstâncias, do conhecimento adquirido pela experiência e do apoio que dezenas de técnicos, desde há muito, prestam aos agricultores em contacto directo. Poderia até dizer que a Europa vem tarde porque a Região tem tido preocupações a esses níveis. A forma como transmitiu é que é, totalmente, inadequada. É o facilitismo e o populismo a campear, quando a formação é sempre importante, mesmo para aqueles que julgam saber tudo! Mas nada disto me admira. Um governo que escondeu facturas de valor superior a mil milhões de euros é evidente que pode vir a passar certificados de habilitações falsas. Ele próprio, ironizando, a propósito do caso Miguel Relvas disse que tinha ficado "satisfeito porque também ia requerer várias licenciaturas" (...) de “Veterinária, Biologia, Informática e Astronomia”. Agora, de forma semelhante, se o problema é um certificado, pronto, despacha-se isso, entregando a todos as equivalências à tal experiência de anos a plantar no poio.
2ª A Guarda Nacional Republicana. Mostrou-se o presidente do governo regional da Madeira contrário à presença da GNR na Madeira, uma vez que andam para aí a incomodar as pessoas, mandando abrir os porta-bagagens, blá, blá, blá, blá, portanto, basta a PSP (se calhar queria dizer PSD) para desempenhar essa função de controlo. A mim nunca me controlaram, pois não tenho negócios, nem claros nem obscuros. Pura e simplesmente não tenho. E se me mandarem parar, apenas tenho de mostrar os documentos e ponto final. E num tempo que se sabe haver fuga ao fisco, tempos de busca de dinheiro fácil, cujo controlo pode até beneficiar o magríssimo cofre da Região, pergunta-se, sendo uma instituição nacional, que não é suportada pela Região, o que move o presidente para se insurgir contra a GNR? Será um acerto de contas com o passado, uma pedra no sapato, estou a lembrar-me, por exemplo, daquela operação "Cuba Livre"? Talvez. A verdade, porém, é que só podem se sentir incomodados aqueles de comportamento duvidoso ou sentem a existência de alguma obstrução aos seus intentos. Falo dos cidadãos em particular, logo, não percebo as preocupações a outros níveis. Outra coisa é questionar se, a prazo, o país não deverá tender para a reorganização institucional dos vários dispositivos de segurança. Seja como for, essa questão a ser colocada tem, obviamente, fóruns próprios de debate que não esta coisa de andar para aí a mandar uns tiros (leia-se palavras) para o ar!
Ilustração: Google Imagens.
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