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domingo, 14 de julho de 2013

PAULO CAFÔFO MARCA A DIFERENÇA


Não esperava outra atitude do Dr. Paulo Cafôfo, candidato à Presidência da Câmara Municipal do Funchal. Há dias referiu: "(...) Temos uma atitude diferente e volto a anunciar que não estamos aqui para carreirismos políticos, estamos aqui com o único interesse de trabalhar com as pessoas e para as pessoas. Por isso, tenho o compromisso de que se receber a confiança dos funchalense e vier a ser eleito presidente da CMF, só permanecerei no cargo oito anos" (...) "É este o meu compromisso, não podemos estar agarrados ao poder, não podemos estar agarrados aos locais para os quais somos eleitos. Oito anos, que para mim é o tempo para exercer um cargo público, é suficiente para implementar as medidas que queremos". Trata-se de um compromisso que, tal como disse, para cumprir caso o povo do Funchal lhe conceda a confiança necessária para governar o Funchal.


Há muito que defendo este princípio: o povo deve garantir quatro anos a um candidato e uma equipa, se for positivo o trabalho realizado, pode conceder mais quatro, mas nunca mais de oito. Pessoalmente, entendo que três mandatos já constitui um exagero, mas, enfim, aceito como limite legal. Os eleitores, esses é que devem ter a faquinha na mão para cortar a direito no momento próprio. A partir de dois mandatos toda a dinâmica tende a diminuir, a criatividade, a inovação, o rigor e o cumprimento da palavra constante dos programas eleitorais, ao mesmo tempo que crescem os laços, as dependências e as raízes políticas tornam-se lenhosas. Em poucas palavras: deixam de criar futuro. Ora, o que o candidato Paulo Cafôfo veio dizer é que, no caso de ser eleito, entende esse gesto dos eleitores como uma prova de confiança balizada no tempo, até porque presidir a uma Câmara não constitui uma profissão, mas um serviço público à comunidade. Há quem assim não entenda e tudo faça para se arrastar por quatro, cinco e mais mandatos e, quando a lei limita a sua permanência, ei-los a saltar de poiso concorrendo aos concelhos vizinhos. Das duas, uma: ou porque não sabem fazer outra coisa na vida, ou porque os interesses pessoais e políticos são enormes.
Apoio, por isso, esta atitude do candidato da "Mudança". É do maior interesse que os eleitores conheçam o pensamento dos candidatos sobre determinados vínculos que assumem. E há declarações, como esta, que nos levam a descobrir os princípios e os valores que os orientam. Não existe ali qualquer coisa na montra que esconda um mundo de incertezas guardadas no armazém. Por outras palavras, o que o candidato quis dizer foi: estou aqui, com uma equipa, consequência de um projecto de seis partidos, estou aqui por cidadania, se merecer a confiança dos funchalenses contem comigo, no máximo, para dois mandatos. Ponto final. É disto que precisamos, de franqueza, desprendimento, na certeza que há sempre outros(as) que a todo o momento surgem com novas ideias e novos projectos. Ao contrário daqueles que se agarram ao poder como lapas à rocha, Paulo Cafôfo dá o exemplo de trabalho e de desprendimento.

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