Podem explicar como quiserem que não deixa um rasto de desonestidade política. Assume o "Jornal de Negócios" que "embora o Governo só tenha começado a divulgar a estimativa de devolução da sobretaxa a partir de Junho, tem estimativas desde Fevereiro". Ora, as estimativas "mostram-se irregulares de mês para mês". Por exemplo, em Fevereiro a estimativa era de devolução de 37%, tendo caído para 7,9% em Março. Mas o Governo só anunciou as previsões nos dois meses antes das eleições. E foi de Junho a Agosto que elas melhoraram (...) Até sexta feira, a previsão anunciada pelo Governo era de que a devolução da sobretaxa seria de 35,3%". Sabe-se que, agora, é de 9,5%.
Trata-se de um duplo roubo fiscal. Primeiro, foi a aplicação de uma sobretaxa de IRS, de 3,5%, criada como medida extraordinária para obter mais receita pública e combater o défice orçamental; depois, em plena campanha eleitoral, a forma como engodaram o povinho com uma falsa promessa. Das duas, uma: ou se tratou de uma grosseira mentira em função das conhecidas variações ou, de estatística e contas estamos conversados.
Honesto teria sido o silêncio. E ainda desejam uma negociação para se manterem no poder...
Ilustração: Google Imagens.
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