Inqualificável a deselegância da Senhora Deputada Rubina Berardo! Sinceramente, não esperava. Por ser jovem, provavelmente de espírito aberto e inteligente. Não a conheço pessoalmente, mas por alguns comportamentos, aí cheguei. Foi de muito mau gosto transportar para o plenário da Assembleia da República os registos negativos que tantas vezes acontecem na Assembleia Legislativa da Madeira. Não é por aí que se dignifica a Região e se apaga a imagem de secundarização a que fomos votados durante muitos anos. Feio, muito feio!
Salienta a reportagem do DN-Madeira: "Carlos Pereira já tinha dito ao DIÁRIO que a maioria de esquerda ia viabilizar a proposta do parlamento regional da Madeira- iniciativa do PCP - para dar mais 2% nos subsídios de maternidade, paternidade e adopção para madeirenses e açorianos. Ainda assim, e apesar de o PSD estar em consonância nesta matéria, o tema deu que falar na sessão parlamentar de ontem. A deputada madeirense do PSD, Rubina Berardo, que se estreou nos debates das sessões plenárias, não poupou o deputado e líder do PS-M a quem acusou de gerir a estrutura regional “em part-time”. A indignação da social-democrata deveu-se ao facto de Carlos Pereira não ter falado da iniciativa (...)". Ora bem, questiono, o que tem a ver, para a proposta em debate, no quadro da utilização do tempo de palavra atribuído ao deputado madeirense, que seja presidente do PS-Madeira e, simultaneamente, deputado na Assembleia da República? Essa foi uma opção dos órgãos do partido em causa à qual a deputada do PSD deveria manter-se completamente alheia. Mas é a tal cultura política medíocre que veio à tona. Não por ser amigo do Dr. Carlos Pereira, mas pela vivência política que com ele mantive durante vários anos, posso afirmar que é uma figura que, no desempenho das duas funções, consegue fazer muito mais e de forma proveitosa as suas responsabilidades, do que alguns que se mantêm, anos a fio, com o rabinho sentado em uma cadeira e que pouco ou nada produzem.
Que não se repita, porque se na Madeira há que dignificar o Parlamento, na República, os eleitos devem ser o espelho dessa forma de estar adulta e democrática.
Ilustração: Google Imagens.
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