Não tenho o sentimento de medo, mas atormenta-me e muito receio que o povo se deixe ir no paleio de Marcelo Rebelo de Sousa. Um homem quase profissional da política, que vende o seu discurso baseado na sua "experiência" partidária, com sistemáticas, provadas e gravosas contradições. Marcelo não me engana, como Cavaco Silva nunca me enganou ao que vinha. Ainda ontem, em artigo de opinião no DN-Madeira, o Dr. Roque Martins escreveu: "(...) O que existe em Cavaco é má-fé, que é um sentimento racional e significa que a nossa posição está tomada antes de ouvirmos o argumento do outro. (...) "É pobre a democracia que se mede aos palmos. Como pobre a democracia que, nestes anos de chumbo, teve um Presidente constitucionalmente concatenado. O país destroçado e ele (PR) preocupado. Com o funcionamento regular das instituições quando é o funcionamento irregular das instituições que mais importa. Não é o nosso direito de voto que está em causa, é o sentido que ele retirou aos votos que lhe deram". Marcelo encaixa-se, perfeitamente, nesta análise.
Gostaria de ver na Presidência o Homem de Estado, o general que não abdique de estar com os soldados rasos. Dispenso, por isso, o homem providencial produto de jornais e revistas; rejeito um "Cavaco a cores" como alguém disse, que esvazie, ainda mais, a função presidencial. Eu quero sentir que ali está o fiel da balança, o bom senso, a respeitabilidade, a confiança, a competência, a sabedoria, a capacidade de diálogo e a persuasão. Mais, ainda, que o Presidente seja uma referência para todos os portugueses. Carecemos de referências como de pão para a boca! Precisamos de um Presidente que dignifique o País nos planos interno e externo, que não se submeta e faça da intriga político-partidária o "modus-operandi" da sua função. Desejo um Presidente de uma só palavra ao longo de todo o tempo e não de palavra conforme. Quero um Presidente que exerça o seu magistério de influência para que a EDUCAÇÃO seja o pilar fundamental do nosso crescimento e desenvolvimento. Estou com o Doutor Raimundo Quintal, Mandatário Regional: "(...) Aderi desde a primeira hora à candidatura do Professor Sampaio da Nóvoa, porque acredito que será capaz de semear a esperança, fazer crescer a dignidade e podar as desigualdades. Aceitei esta missão, porque estou convicto que este é o tempo de dar as mãos, o tempo de agir para que milhares de seres humanos, que têm sobrevivido vergados nestas ilhas, readquirem o direito de viver felizes. Participo neste projeto, porque, como sabiamente escreveu o Papa Francisco na Carta Encíclica LOUVADO SEJAS: “É fundamental buscar soluções integrais que considerem as interações dos sistemas naturais entre si e com os sistemas sociais. Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise sócio-ambiental. As diretrizes para a solução requerem uma abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza”.
Ilustração: Google Imagens
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