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sexta-feira, 4 de julho de 2008

DROGA

Infelizmente, não é só no Caniçal mas um pouco por toda a Região.
A peça jornalística da autoria da jornalista Rosário Martins, inserta, na edição de hoje do DN, é extremamente preocupante. Por ali se vê o drama, consequência da droga e do consumo de álcool, enraizados que estão e que estão a corroer a juventude. Ao mesmo tempo que isto se verifica, o discurso e as atitudes políticas no sentido do seu combate continuam vazios de conteúdo o que significa que, a prazo, vamos pagar cara a inoperância política. O silêncio dos Secretários, sobretudo os da Educação e dos Assuntos Sociais é preocupante face aos alertas, umas vezes por intermédio dos partidos políticos, outras, através da voz responsável do Director da Polícia Judiciária, outras, ainda, pelos jornalistas. A ideia que fica é que este é um assunto muito incómodo e o melhor, portanto, é fazer com que pareça que ele não existe. Mas ele está aí, pujante na destruição e certamente com âncoras bem consolidadas. E o governo em silêncio nas medidas, no ataque ao drama que está a aniquilar jovens e famílias. Do presidente do governo, de quando em vez, lá vem com a cantilena que o investimento no desporto (como que para justificar alguns disparates) visa retirar os jovens dos comportamentos desviantes. Não bastaram e não bastam os avisos de que uma coisa não tem a ver com a outra, mas com a EDUCAÇÃO, com escolas agradáveis, dimensionadas até 400 alunos e com dinâmicas organizativas totalmente diferentes das que hoje são oferecidas, com a prevenção, com o rigor e a disciplina nas escolas, com as políticas de família, com o emprego, com o combate ao tráfico, com o esclarecimento de fortunas tim-tim por tim-tim, com políticas sociais, enfim, com uma série de factores que são determinantes, a montante, no esbatimento deste gravíssimo problema. É evidente que é utópico resolver toda a marginalidade. Haverá sempre fugas aos comportamentos desejáveis. Mas o problema estaria sob controlo. Neste momento, numa ILHA como a nossa, andam todos a correr atrás dos problemas da droga e do álcool. E isso é grave.

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