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sábado, 12 de julho de 2008

158 CRIANÇAS FORA DAS CRECHES PÚBLICAS

É o resultado da aposta no privado e não no sector público. Com que interesses, perguntar-se-á(?). Refere o DN de hoje que 158 crianças ficarão de fora do sistema público, pelo que os pais terão de procurar a solução na rede privada.
Embora o que se está a passar tenha, obviamente, uma leitura política mais extensa no que se refere à política de educação e não só, para já, esta é a consequência, por um lado, de uma intencional aposta na rede privada que deveria ser, apenas supletiva da pública; por outro, consequência da falta de investimento e sobretudo de planeamento, de uma Direcção Regional cuja designação é, precisamente, de planeamento dos recursos educativos.
Ao ler a notícia publicada, a memória transportou-me ao início dos anos 70 e a uma conferência que assisti naquela que hoje é a Faculdade de Motricidade Humana (38 anos): a páginas tantas, dizia o conferencista que, na Suécia, no ano tal (não me recordo, mas eram uns bons anos à frente) precisaria de mais 10.500,5 professores numa determinada área.
No debate, alguém questionou a razão do preciosismo do vírgula cinco. A resposta veio célere: não sei. Esse é um dado do departamento de estatística e de planeamento. O que sei é que vamos trabalhar e formar para dar resposta a essa necessidade.
Mais palavras, para quê? Esta é uma questão de previsão, de planeamento atempado, de respeito pelas prioridades e não de gestão ao sabor da onda ou de uma cabeça.

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