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segunda-feira, 28 de abril de 2008

DROGA: CONTRADICÇÕES POR EXPLICAR

Leio, no Diário Digital, que a Região Autónoma da Madeira foi a única Região do País que, entre 2001 e 2007, diminuiu o consumo de estupefacientes. Fico feliz com isso. Só gostaria é que fossem explicadas as contradicções com os seguintes números:
Em 2006 foram contabilizados 1300 atendimentos no centro de S. Tiago; em 2007, 1800 atendimentos.
Em 2006 foram distribuídas 24.000 seringas; em 2007, 48.000..
O consumo de heroína disparou 700% de um ano para o outro e crianças há de 11/12 anos consumidoras de estupefacientes.
Há qualquer coisa aqui que não bate certo. Ou será que a média de sete anos esconde o crescimento dos últimos dois?

2 comentários:

Freitas disse...

Realmente não dá para entender...

Unknown disse...

Não me parece haver qualque qualquer incongruência!

A Madeira tinham de longe o maior consumo escolar do país e agora passou a estar na média nacional...

Foi a que mais desceu, mas isso não coloca o consumo de droga entre os estudantes madeirenses num lugar isento de preocupações...

No plano de combate à toxicodependência o número de acções nas escolas era dispiciente, como tive a oportunidade de apresentar no debate que o PS solicitou na Assembleia sobre esse assunto. Espero que esta descida se deva a um grande aumento das iniciativas nas escolas no âmbito do novo plano...

Os atendimentos no centro de Santiago e as trocas de seringas acontecem com toxicodependentes que já têm um percurso de consumo de 6 a 12 anos... Logo, a diminuição do consumo na escola não se pode relacionar com as outras variáveis porque são para utentes diferentes...
A única actividade de combate à droga que o PSD está disposto a apotar a sério é na prevenção nas escolas...

Um outro dado evidente do último debate é que a taxa de continuidade no consumo era de longe a mais alta do país.
A taxa de continuidade mede a continuidade dos consumos, ou de outra forma, a eficácia da recuperação dos toxicodependentes.

Na Madeira os toxicodependentes não se curam porque o PSD não quer apostar nessa solução.
Não existem mais meios físicos e humanos para o centro de Santiago. Não existe uma aposta mais forte nos programas de rua.
Não existe uma comunidade terapeutica integrada na rede nacional...

Enfim, este é um problema que vai continuar a dar muita conversa.

http://melhor-do-que-o-teu.blogspot.com/2008/03/debate-sobre-toxicodependncia-06-jul.html