No longínquo ano de 1978, quando o actual Presidente do Governo Regional discursou na tomada de posse do governo, disse, não sei se foram estas as palavras, que a "Madeira será o que os madeirenses quiserem". Passadas mais de três décadas a Madeira é aquilo que os madeirenses não desejaram e é aquilo que um só homem quis que ela fosse. Portanto, têm de assumir as responsabilidades, as culpas do desastre a todos os níveis e não há a mínima justificação para culparem a Europa e os vários governos da República pela situação a que se chegou. Esta é a quarta intervenção no sentido da correcção das contas públicas. O problema não é de agora e Vítor Gaspar, personalidade que politicamente detesto, conhece e muito bem, desde há vários anos, o comportamento despesista e irresponsável do Presidente do Governo Regional da Madeira. Conhecendo-o de ginjeira, obviamente que agora fecha os cordões à bolsa colocando em sofrimento toda a população. Para o mentor desta desgraça, as sucessivas dívidas acumuladas, para que fossem saldadas, foram de promessa que seriam pela última vez, que jamais aconteceriam, todavia, em vão. A reincidência foi constante e, hoje, temos às costas uma dívida colossal, um desemprego colossal e uma pobreza colossal. Então, a Europa e o Estado Português é que tem culpas ou as culpas foi de quem assegurou a governação, desde sempre, com maioria absoluta? Já não há paciência!
No final da reunião do Conselho de Governo da Região Autónoma da Madeira, o Dr. Francisco Jardim Ramos, Secretário dos Assuntos Sociais, afirmou que o desemprego na Madeira é "muito preocupante", que se trata de uma "chaga social" e manifestou-se preocupado com "o não crescimento da economia". E disse mais, que "só crescendo a economia é que se faz crescer a criação de empregos", pelo que espera que a Europa e o Estado português "tenham a capacidade suficiente para inverter esta situação". Mas, oh Senhor Secretário, repita lá outra vez porque o erro de compreensão pode ser de quem o leu e ouviu! Então, o senhor não pertence ao governo da Região Autónoma da Madeira? Então, quais as funções do governo a que pertence em matéria de política económica, financeira, social e cultural? Então, explique lá, isto por aqui nunca teve Autonomia política e administrativa? Então é a Europa no seu todo e o Estado Português, em particular, que vão definir as políticas de criação de emprego na Madeira? Então os oficiais 23 mil e muitos desempregados na Região são culpa da Europa e dos governos da República? Então a Madeira não tem um Estatuto Político-Administrativo, Assembleia e governo próprios, orçamento próprio e políticas próprias?
São as perguntas de um cidadão normal que rejeita ser carneiro da voz oficial! Sobretudo quando a voz oficial vem com a lengalenga do crescimento económico, um chavão que todos conhecem, mas quem tem a responsabilidade de definir as medidas políticas desse crescimento mostra-se incapaz de as propor e implementar.
Oh senhor Secretário, então a falência da Região não está totalmente associada aos gastos tresloucados que fizeram, ao regabofe de 36 anos de políticas insustentáveis que geraram a monstruosidade de uma dívida que dificilmente será paga? O que andaram a fazer durante todo este tempo? Planearam alguma coisa? Foram, porventura prospectivos? Criaram as bases de uma economia que rompesse com a pequenez do território e as suas fragilidades? Quais foram as respostas que deram, há trinta anos, às seguintes perguntas: onde estamos, onde queremos chegar e que passos temos de dar para lá chegar? Alguma vez pensaram nisso ou a política foi a de não ter política?
Infelizmente, nem o número do desemprego ficará por aqui nem os da "dengue" que asseverou estar estável e com tendência de diminuição! E em um e outro caso o governo não pode furtar-se às críticas e a um paleio gasto, de engana tolos, de chuto "prà frente sempre" de acordo com o slogan da última campanha eleitoral. Sinceramente, cada vez que oiço estes governantes sinto repulsa pelos seus actos políticos, pela lata que evidenciam ao produzirem declarações como se todos fossem uns mentecaptos, uns incapazes de produzirem pensamento sobre a "coisa pública".
No longínquo ano de 1978, quando o actual Presidente do Governo Regional discursou na tomada de posse do governo, disse, não sei se foram estas as palavras, que a "Madeira será o que os madeirenses quiserem". Passadas mais de três décadas a Madeira é aquilo que os madeirenses não desejaram e é aquilo que um só homem quis que ela fosse. Portanto, têm de assumir as responsabilidades, as culpas do desastre a todos os níveis e não há a mínima justificação para culparem a Europa e os vários governos da República pela situação a que se chegou. Esta é a quarta intervenção no sentido da correcção das contas públicas. O problema não é de agora, e Vítor Gaspar, personalidade que politicamente detesto, conhece e muito bem, desde há vários anos, o comportamento despesista e irresponsável do Presidente do Governo Regional da Madeira. Conhecendo-o de ginjeira, obviamente que agora fecha os cordões à bolsa colocando em sofrimento toda a população. Para o mentor desta desgraça, as sucessivas dívidas acumuladas, para que fossem saldadas, foram sempre pela última vez, que jamais aconteceriam, todavia, em vão. A reincidência foi constante e, hoje, temos às costas uma dívida colossal, um desemprego colossal e uma pobreza colossal. Então, a Europa e o Estado Português é que tem culpas ou as culpas foi de quem assegurou a governação, desde sempre, com maioria absoluta? Já não há paciência!
E vem esta figura, ontem, dizer que: "O que se passa em Portugal já é demais. Está na altura de ser mudado (...) pela via que os portugueses democraticamente decidam". E ele não tem de ser MUDADO? |
Ilustração: Google Imagens.
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