"Para os apostadores na idade que sua excelência completava ontem (oxalá também festejemos esse dia no nosso BI), a roda da sorte trouxe dinheirinho para gastos. Para os bicheiros, que tiveram de pagar chorudos prémios, é que deu mesmo no porco, segundo o dito popular. Aliás, os ditos-cujos bicheiros passaram o dia de ontem a praguejar, assim que souberam da rifa que caíra no 1.º Prémio da lotaria clássica".
Li no blogue Fénix do Atlântico do Jornalista Luís Calisto, um saboroso texto, com muito humor e muito que se lhe diga. Reproduzo-o aqui, com a devida vénia, exactamente por esse humor e pela coincidência do aniversário com os números finais do primeiro prémio da lotaria.
"Sabe-se como são supersticiosos os jogadores da lotaria clandestina. Vêem um gato debaixo da escada e lá se vão uns euros valentes nos números relativos ao bichano. Sonham com um cachorro e vai disto. Ouvem falar na última do vizinho do 5.º e apostam tudo na borboleta. Agora, recorde o leitor a super-manchete do ex-JM de ontem, segunda-feira...
Pois, sua excelência fazia 70 anos, anunciava manhã cedo o 'Izvestia' da Fernão de Ornelas.
Imagine o que os fanáticos do jogo-do-bicho fizeram? Claro: correram às bancas clandestinas para despachar euros e mais euros a troco do vale com a prova da sua aposta no 70. Óbvio.
Agora, vejamos o que havia de dar a lotaria clássica da segunda-feira, que serve de orientação ao jogo clandestino. Atente o Leitor no 1.º prémio nacional:
1.º Prémio
49070
€ 600.000,00
2.º Prémio
25642
€ 60.000,00
3.º Prémio
07883
€ 30.000,00
Ora nem mais: a lotaria oficial parece ter resolvido homenagear 'Meio Chefe' e dar o 1.º prémio a quem apostou na idade que o novel septuagenário fazia: 70 anos.
Irra!
Que se tira disto? Que quem aposta em sua excelência está garantido da vida. Como sempre aconteceu, aliás.
No jogo-do-bicho, o '70' pertence ao grupo 18, popularmente conhecido pelo simpático porco - grupo que vai do 69 ao 72.
Para os apostadores na idade que sua excelência completava ontem (oxalá também festejemos esse dia no nosso BI), a roda da sorte trouxe dinheirinho para gastos. Para os bicheiros, que tiveram de pagar chorudos prémios, é que deu mesmo no porco, segundo o dito popular. Aliás, os ditos-cujos bicheiros passaram o dia de ontem a praguejar, assim que souberam da rifa que caíra no 1.º Prémio da lotaria clássica.
Se tivermos a sorte de chegar aos 70, não nos esqueceremos de jogar no porco, nesse dia. Como a crise estará mais aguda do que hoje, quem sabe se não teremos sorte também?
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