Tanto esticaram o elástico que ele se rompeu. Era inevitável. Ou de outra maneira, foram os senhores construtores desta Europa que criaram a arma da sua própria destruição. Não foi o povo que a construiu, foi gente sem escrúpulos e ideologicamente bem definida que a fizeram implodir. Lamento, porque os avisos foram muitos e nunca escutados. Não foi esta Europa a sonhada por Jean Monnet e Robert Schuman, uma Europa que se tornou centralizadora e totalitária nas decisões.
Sendo eu um europeísta convicto, espero, rapidamente, por uma total revisão do Tratado de Lisboa e de outros perversos "acordos", de tal forma que os interesses europeus comuns se sobreponham à excessiva e muito complexa máquina dos interesses de alguns directórios que andam a triturar povos. "Nós queremos de volta o nosso país" - disseram. Eu também desejo, embora fazendo parte daquilo que é essencial defender: liberdade, democracia, circulação de pessoas e bens, paz, SEGURANÇA, controlo de fronteiras, defesa, respeito pelas regras essenciais da União e não ingerência nas decisões internas dos povos. Espezinhamento, não. Subordinações insensatas, não. O dinheiro a comprar consciências políticas, também não.
Enquanto cidadão preocupa-me (e de que maneira!) os portugueses que vivem e trabalham no Reino Unido. Que o bom senso prevaleça, que esta Europa renasça das cinzas e que Portugal, seja capaz de os proteger através de novas e consistentes políticas económicas. Como ainda hoje escreveu Nicolau Santos (Expresso), "(...) Há hospitais ingleses onde a maioria dos enfermeiros são portugueses. Vivem nas ilhas cerca de 1500 investigadores, cientistas e estudantes portugueses. E há diversos investimentos nacionais naquele país. (...)". Preocupante.
Ilustração: Google Imagens.
Sem comentários:
Enviar um comentário