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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

CORRUPÇÃO

Ainda pouco se sabe sobre a operação "Face Oculta" que está a ser levada a cabo pela Polícia Judiciária. Fico perplexo quando um vice-presidente do BCP, um dos maiores bancos portugueses, com toda a responsabilidade social (e política, também) segundo li, alegadamente, integra uma rede tentacular criminosa que tinha por objectivo favorecer um empresário junto de empresas participadas pelo Estado.
Isto constrange qualquer cidadão atento aos movimentos das figuras públicas face aos quais nós deveríamos olhar como referências de total integridade social, profissional e honorabilidade. O tráfico de influências, o dinheiro fácil, esta atitude de salve-se quem puder, alastra por todos os cantos, bastando para tal que se passe em revista os inúmeros casos em investigação. Para quê, meus senhores, tanto dinheiro e tanta ganância? Para quê milhões quando a vida, com toda a dignidade e felicidade pessoal e familiar prescinde desses largos e incontáveis milhões. Só pode ser por doença!
Considero, por isso, que o combate à corrupção não pode parar. Em todo o País, note-se bem. Em todo o lado onde as fortunas mal explicadas, o tráfico de influências, os interesses, os paraísos fiscais, onde, muito rapidamente, sem tocar no produto, são sensíveis sinais exteriores de uma riqueza mal explicada. Não tenho contemplações sobre as pessoas que, de uma ou de outra maneira, de uma forma até dita "legal" crescem a olhos vistos no seu património, face a outros que não passam da cepa torta. Chame-se-lhe "Face Oculta" ou "Mãos Limpas", a lei deveria obrigar, em todo o País, à demonstração da riqueza. Trocando por miúdos... oh meu caro, como é que conseguiu isto, este depósito, esta transferência? Este procedimento deveria fazer parte da nossa cultura, tal como, ao nível micro, exigir a factura e o recibo sobre serviços prestados.
Sinto vergonha, embora até à condenação todos os suspeitos devam ser considerados inocentes, mas só o facto de andarem pelas primeiras páginas da comunicação social, isso já constitui motivo de alguma apreensão. Porque lá diz a sabedoria popular: onde há fumo, há fogo.

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