Desde há muito que o governo regional atingiu o alto rendimento do "Jogo do Empurra". Tem regras simples mas muito peculiares, eu diria que, ao iniciado, por melhor que seja a sua formação académica, são regras difíceis de entender, mas com muito treino diário, chegam lá. A equipa passa toda a "empurrar", ora com a barriga, ora com fantásticos pontapés para a frente. A técnica utilizada é também muito específica. Baseia-se na finta, na ilusão, no desvio, no esconder-se, na gritaria para confundir os adversários, enfim, de tal forma que nunca se perceba a jogada seguinte.
E há quem considere interessante este jogo e alinhe na estupidificação do empurra para lá, na esperança de atingir um lugar na equipa principal através de um golito que chame a atenção do capitão de equipa. Pura ilusão.
Ora, este "jogo do empurra" em que o governo se especializou está a cansar os próprios adeptos. Empurra-se a Lei das Finanças Regionais, empurra-se a pobreza, empurra-se a ausência de uma política educativa séria, empurra-se a contagem do tempo de serviço congelado (28 meses) de toda a Administração Pública, empurra-se os míseros € 50,00 de complemento de pensão para os idosos, empurra-se as agruras dos empresários, empurra-se a monstruosa dívida pública, empurra-se o preço dos transportes marítimos e aéreos, tudo se empurra para o campo de jogo da República como se o "ervado" Região não dispusesse de órgãos de governo próprio, melhor dizendo, Assembleia própria e Governo próprio. Até de orçamento próprio!
Todos os males são da responsabilidade do governo da República, todos os êxitos pertencem ao governo da Região. E quando subsistem dúvidas a culpa é da Constituição da República, obviamente! É tempo de pararem com este jogo do empurra e de assumirem responsabilidades. Trata-se de um jogo que só acham graça os jogadores que nele participam, só esses, mais ninguém. Uma silenciosa maioria está farta desta lengalenga, da gritaria, do jogo que não é jogado de forma limpa e transparente, fartos de regras alteradas a meio do jogo (2007) para poderem continuar a jogar, enfim, os espectadores começam a abandonar, a abster-se de participar fartos que estão de tanto empurrão. Basta, meus Senhores. Peguem de vez, nem que seja de empurrão!
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